Milho e Sorgo

Milho registra leve alta no Brasil com produtores retraídos e maior procura pontual de compradores

Mercado do milho apresenta estabilidade e leve reação nos preços


Publicado em: 07/11/2025 às 19:00hs

Milho registra leve alta no Brasil com produtores retraídos e maior procura pontual de compradores

O mercado brasileiro de milho encerrou a primeira semana de novembro com preços entre estáveis e ligeiramente mais firmes, segundo levantamento da Safras Consultoria. O ritmo dos negócios permaneceu travado em boa parte do país, reflexo da postura cautelosa dos produtores, que optaram por reter a oferta diante das incertezas de mercado.

Do outro lado, consumidores e indústrias voltaram às compras de forma mais pontual, buscando atender demandas imediatas, mas sem grande agressividade nas aquisições. Em algumas regiões, como São Paulo, houve maior movimentação e interesse de compradores.

Chuvas favorecem lavouras e influenciam expectativas do mercado

Com o avanço da safra, o foco dos produtores agora se volta para o plantio e o desenvolvimento das lavouras. As boas chuvas registradas em várias regiões do Centro-Sul durante a semana contribuíram para o alívio hídrico e melhoraram as perspectivas de produtividade.

Além das condições climáticas, o mercado segue atento ao comportamento dos preços futuros do milho, à cotação do dólar e à paridade de exportação, fatores que continuam ditando o ritmo das negociações.

Cenário internacional: volatilidade e expectativa por relatório do USDA

No exterior, a semana foi marcada por forte volatilidade na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A pressão da oferta segue como principal fator baixista, impulsionada pelo avanço da colheita norte-americana.

No entanto, o mercado aguarda com expectativa o próximo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para ser divulgado na próxima semana. Mesmo com o risco de atrasos devido ao shutdown do governo norte-americano, analistas acreditam que o documento poderá confirmar uma produtividade menor que a estimada anteriormente, o que poderia dar suporte às cotações internacionais.

Vale destacar que, por conta da paralisação do governo dos EUA, outros dados relevantes seguem sem previsão de divulgação, como números de vendas externas, inflação e avanço da colheita.

Preços internos do milho registram variações moderadas

De acordo com a Safras Consultoria, o preço médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 63,95 em 6 de novembro, um aumento de 0,28% frente aos R$ 63,77 da semana anterior.

Confira as cotações regionais:

  • Cascavel (PR): R$ 61,00 — estável em relação à semana passada.
  • Campinas (SP/CIF): R$ 68,50 — alta de 0,74% frente aos R$ 68,00.
  • Mogiana (SP): R$ 66,00 — cotação inalterada.
  • Rondonópolis (MT): R$ 62,00 — avanço de 1,64% sobre os R$ 61,00.
  • Erechim (RS): R$ 72,00 — sem variação.
  • Uberlândia (MG): R$ 63,00 — preço estável ao longo da semana.
  • Rio Verde (GO): R$ 60,00 — alta de 3,45% ante os R$ 58,00 anteriores.

Essas pequenas variações refletem um mercado ajustado, no qual produtores ainda resistem em negociar grandes volumes enquanto aguardam novos direcionadores de preço.

Exportações brasileiras de milho têm desempenho positivo em outubro

As exportações de milho do Brasil somaram US$ 1,364 bilhão em outubro de 2025, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume total embarcado foi de 6,5 milhões de toneladas, com média diária de 295,4 mil toneladas e preço médio de US$ 209,90 por tonelada.

Em comparação com outubro de 2024, houve:

  • Alta de 7,0% no valor médio diário exportado;
  • Ganho de 1,5% na quantidade média diária embarcada;
  • Valorização de 5,4% no preço médio da tonelada.

O desempenho reforça a competitividade do milho brasileiro no cenário global, mesmo diante das oscilações cambiais e da pressão externa dos grandes produtores.

Fonte: Portal do Agronegócio

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