Publicado em: 28/02/2019 às 11:10hs
Os preços internacionais do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) abre os trabalhos na quinta-feira (28) com resultados misturados. As principais cotações registravam flutuações entre 0,75 negativo e 0,50 positivo por volta das 09h20 (horário de Brasília). O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,64, o maio/19 valia US$ 3,73 e o julho/19 era negociado a US$ 3,82.
De acordo com a análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho oscilam hoje após a rodada de vendas técnicas de ontem terminar em perdas de 0,75%.
As ofertas de base de milho dentro dos Estados unidos também permanece praticamente inalteradas, mas aumentaram de 1 a 2 centavos em algumas localidades do Centro-Oeste americano. As vendas de fazendeiros têm sido geralmente lentas nesta semana.
Os participantes do mercado seguem aguardando mais novidades sobre as negociações entre China e Estados Unidos para um término da guerra comercial e essa falta de notícias já começa a preocupar alguns agentes.
Segundo informações da Agência Reuters, um dos principais negociadores do governo Trump comentou na quarta-feira que “os Estados Unidos precisarão manter a ameaça de tarifas sobre produtos chineses durante anos, mesmo que Washington e Pequim façam um acordo para acabar com uma dispendiosa guerra tarifária”.
Confira como fechou o mercado na última quarta-feira:
Chicago fecha com milho desvalorizado com mercado aguardando dados de exportação
Após abrir a quarta-feira (27) com leves altas, os preços internacionais do milho não sustentaram essa recuperação e fecharam o dia em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT) pela terceira vez nessa semana. As principais cotações registraram desvalorizações entre 1,75 e 2,50 pontos. O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,63, maio/19 valia US$ 3,73 e o julho/19 era negociado por US$ 3,82.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, as movimentações nos futuros do milho foram bem modestas, uma vez que o mercado optou por esperar para absorver a próxima rodada de dados governamentais de exportação, que devem ser divulgados na próxima quinta-feira.
Os traders também estão ponderando sobre o fato de que a segunda safra de milho do Brasil deve se manter estável após o progresso do plantio. Algumas estimativas recentes colocam a produção de 2018/19 do país em 3,764 bilhões de bushels (mais de 95 milhões de toneladas).
O boletim da ARC Mersosul destaca ainda que o mercado de Chicago, como um todo, atuou de maneira apática nessa quarta-feira com as pressões de venda ainda atuando sobre o milho. Por enquanto, seguem as especulações na espera de qualquer resolução para o conflito Estados Unidos – China.
“Infelizmente não há grandes outras novidades para colocar ‘lenha na fogueira’ do mercado. No entanto, a chegada de uma nova safra norte-americana deverá se tornar em fato decisivo para a Guerra Comercial”, destacam os analistas da ARC Mercosul.
O site Barchart também informa que, o relatório semanal do EIA (Agência de Informações de Energia) mostrou a produção de etanol de 1.028 milhões de barris por dia na semana de 22 de fevereiro. Os estoques de etanol caíram 204.000 barris e ficaram em 23,709 milhões de barris.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram somente nas praças de Assis/SP, Oeste da Bahia, São Gabriel do Oeste/MS, Dourados/MS e Sorriso/MT. Não foram registradas baixas nesta quarta-feira.
A Agrifatto Consultoria aponta que, desde o início do mês, o cereal acumula alta de 6,80%, com média em R$ 22,34/sc no Mato Grosso. Na bolsa, o milho subiu 2,40% no mesmo período. O avanço do consumo doméstico combinado com produtores segurando a matéria-prima pressionou para cima as cotações no estado.
Além disso, a semeadura do milho no MT avançou 12,36% na última semana, atingindo 86,56% da área prevista. No MS, os trabalhos em campo alcançam 58,4% - na temporada anterior a proporção ficava em 34,50%, e a média dos últimos 5 anos em 58,40%.
No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral), divulga que 73% da área já foi plantada, com 93% das lavouras em boas condições. O Deral também destaca ampliação de 4% da área cultivada, estimado em 2,20 milhões de hectares.
Por fim, os mapas climáticos continuam apontando para chuvas acima da média da região central do país, enquanto os três estados do Sul do país devem recebem volumes menores que a média.
Fonte: Notícias Agrícolas
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