Publicado em: 06/09/2018 às 10:50hs
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quinta-feira (6) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. Às 8h25 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity testavam quedas entre 0,50 e 1,00 pontos. O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,52 por bushel, enquanto o dezembro/18 trabalhava a US$ 3,64 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo exibido no dia anterior, influenciado ainda pela queda do trigo, de acordo com informações das agências internacionais. Ainda assim, sem novidades, as cotações testam ligeiras perdas.
Em relação à safra americana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo, para 67%, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições no início dessa semana. Os participantes do mercado também aguardam dados sobre a colheita nos EUA.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Com movimentação técnica e influência do trigo, mercado fecha 4ª feira em queda em Chicago
A sessão desta quarta-feira (5) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal ampliaram as perdas durante o pregão e finalizaram o dia com quedas entre 2,25 e 3,00 pontos. O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,65 por bushel.
Segundo informações da agência Reuters, os futuros do cereal recuaram em movimentação técnica depois das recentes valorizações registradas. Do mesmo modo, os investidores ainda avaliam o impacto das chuvas torrenciais observadas em algumas partes do Meio-Oeste dos EUA.
"O excesso de chuvas poderia limitar o rendimento da colheita em algumas áreas, limitando as quedas no mercado do cereal, embora as expectativas de safras ainda sejam enormes", reportou a agência Reuters internacional.
Além disso, o portal Farm Futures informou que a fraqueza observada nos preços do trigo também pesaram nas cotações do milho. "E a percepção de clima amigável na colheita, apesar de uma ligeira queda das colheitas dos EUA e das fortes chuvas previstas no Meio-Oeste essa semana também influenciaram os negócios".
Ainda no final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu de 68% para 67% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. O percentual de plantações em situação regular subiu de 20% para 21%.
O departamento ainda destacou que 12% das lavouras permanecem em condições ruins. Cerca de 22% das plantações de milho estão em fase de maturação. A média da semana anterior era de 10%.
Ainda hoje, o departamento reportou a venda de 101,736 mil toneladas de milho ao México. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.
Mercado interno
Enquanto isso, no mercado doméstico, a quarta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. De acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), o ganho foi de 4,17%, com a saca a R$ 25,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho ficou em 3,33% e a saca de milho a R$ 31,00.
Na região de Não-me-toque (RS), o ganho foi de 2,70%, com a saca a R$ 38,00. Em Panambi (RS), a alta ficou em 1,25% e a saca a R$ 39,00.
Em contrapartida, em Campo Novo do Parecis (MT), o preço caiu 4,35% com a saca a R$ 22,00. Na região de Campinas (SP), a queda foi de 1,23%, com a saca a R$ 40,10. No Porto de Paranaguá, a saca para entrega em outubro/18 caiu 2,27%, com a saca a R$ 43,00.
Conforme explica o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, as cotações subiram diante da postura dos produtores em segurarem as vendas e da perda na safrinha nessa temporada. "E a questão do silo bag faz com que os produtores saiam da pressão de vender o grão imediatamente e os produtores estão capitalizados", afirma.
Contudo, o especialista alerta para que os produtores vendam o cereal. Isso porque alguns fatores podem limitar os ganhos do milho. "O nosso milho está muito caro no mercado internacional em comparação com o produto norte-americano e da Argentina", destaca Araújo.
Além desse cenário, o analista também pondera que o consumo doméstico pode recuar diante dos altos preços praticados atualmente. "Temos margens negativas, especialmente na suinocultura", disse.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 4,1436 na venda, com recuo de 0,23%. "A queda é decorrente do alívio na cena externa favorecendo uma leve correção, mas o cenário eleitoral doméstico ainda continuou gerando cautela nos investidores", reportou a Reuters.
Fonte: Notícias Agrícolas
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