Publicado em: 22/10/2018 às 10:50hs
Assim, o dezembro/18 tinha US$ 3,67, enquanto o março/19 era cotado a US$ 3,80 por bushel. Mais cedo, o mercado trabalhava do lado negativo da tabela, contablizando sua quinta sessão consecutiva de baixas.
Segundo analistas internacionais, a retomada do ritmo da colheita nos Estados Unidos em função de uma melhora do clima deverá continuar pressionando as cotações. Os números atualizados do avanço da colheita chegam nesta segunda pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
A expectativa do mercado indica que 49% da área do cereal já tenha sido colhida até o último domingo (21), contra 38% da semana anterior e 47% da média dos últimos cinco anos para esta época.
"O mercado do milho está sob uma pressão renovada, pressionado pelo melhor ritmo da colheita no Meio-Oeste dos Estados Unidos", disse Phin Ziebell, agroeconomista do National Bank of Australia à Reuters Internacional.
Veja como fechou o mercado na última semana:
Milho: Mercado fecha semana acumulando baixas intensas em Chicago e no Brasil e perde até 7%
A semana foi negativa para os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago e os principais contratos acumularam perdas de mais de 1%. O vencimento dezembro/18 caiu 1,88% na semana, para fechar com US$ 3,66 por bushel, enquanto o março/19 foi a US$ 3,79, com queda de 1,56%.
Durante os últimos dias, uma série de fatores veio pesando sobre as cotações do cereal no mercado internacional e, somente na sessão desta sexta-feira, caíram mais de 1% em seu quarto pregão consecutivo de queda.
Entre os principais motivadores da baixa esteve a melhora do clima no Meio-Oeste americano. Ainda assim, as chuvas que continuam a chegar em pontos dos estados de Minnesota e Iowa ainda preocupam.
"O clima continua se mostrando favorável na maior parte das regiões produtoras dos EUA e as chuvas seguem pontuais e desta forma a umidade esta caindo e vai favorecer a colheita nestes próximos dias", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "Estamos na fase de colheita da safra americana e normalmente é um período baixista", completa.
Ainda segundo o consultor, o bom avanço do plantio do milho na Argentina também acaba exercendo alguma pressão sobre as cotações na CBOT. Nesta semana, a Bolsa de Buenos Aires trouxe dados mostrando que a semeadura já está concluída em 32,6% da área, contra 26,8% do ano passado, nessa mesma época.
E as expectativas para essa nova temporada, após a quebra do ano passado, é de uma colheita de 42 milhões de toneladas.
Ainda nesta semana, o mercado do milho recebeu também dados fracos das vendas semanais para exportação, o que ajudou a pressionar os preços, e de uma produção menor de etanol nos Estados Unidos.
O país viu sua menor produção em 25 semanas. No mesmo período, os estoques do país, alcançaram um recorde de 1,014 galões, 5% a mais do que na semana anterior.
O que limita as baixas, porém, ainda é a demanda forte pelo milho norte-americano. Apesar do número fraco da última semana, no acumulado da tempora os números superam o ano passado. "O volume das exportações segue positivo no acumulado e muito acima do ano passado para o mesmo período, desta forma este fato para médio e longo prazo é positivo", diz Brandalizze.
Mercado Brasileiro
Os preços caíram de forma significativa também no mercado brasileiro. A queda do dólar foi duramente sentida pelas cotações e, nesse momento, os negócios acabam se mostrando pontuais, sem muito ritmo.
"O mercado do milho mostrou uma semana de calmaria e tudo aponta que até as eleições no próximo final de semana, nada muda. De um lado, temos a safra em desenvolvimento, com o quadro indo bem no geral (...) e de outro, os produtores apontando que vão segurar parte do milho que tem para negociar a frente", explica o consultor da Brandalizze Consulting.
Nesta semana, a referência para agosto/5,004,50 por saca, com uma baixa acumulada de 7,89%. Já no interior, Sorriso, em Mato Grosso, subiu 8,57% para R$ 19,00 no disponível, enquanto Castro, no Paraná, foi a R$ 34,50, com queda de 1,43%.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outras notícias