Publicado em: 09/08/2018 às 10:50hs
Os preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quinta-feira (9) com ligeiras altas, próximos da estabilidade. Às 7h59 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal subiam 0,50 pontos. O setembro/18 trabalhava a US$ 3,71 por bushel, enquanto o dezembro/18 era cotado a US$ 3,85 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo iniciado no dia anterior. Segundo dados da Reuters internacional, as cotações do cereal ainda encontram suporte "nos modelos climáticos indicando um período mais seco e de calor em Iowa e Illinois".
Por outro lado, os participantes do mercado já se posicionam para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta sexta-feira (10). A expectativa é que o órgão revise pra cima a projeção para a safra de milho do país nesta temporada.
Ainda hoje, o departamento americano reporta seu relatório semanal de vendas para exportação. Da safra velha, os investidores esperam vendas entre 300 mil a 600 mil toneladas. Já da safra nova, o número deve ficar entre 400 mil a 900 mil toneladas.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Mercado foca clima no Meio-Oeste e encerra pregão desta 4ª feira com ligeiras valorizações em Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as principais posições do milho encerraram o pregão desta quarta-feira (8) com leves altas, próximas da estabilidade. Os vencimentos do cereal subiram 0,50 pontos, com o setembro/18 cotado a US$ 3,71 por bushel e o dezembro/18 a US$ 3,85 por bushel.
Segundo informações da Reuters internacional, os leves ganhos foram sustentados pelas preocupações com o clima no Meio-Oeste americano. Ainda no início da semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu para 71% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições no país.
Depois das chuvas previstas essa semana, um padrão mais quente e seco é esperado em partes do cinturão de produção, incluindo os principais produtores de Iowa e Illinois, conforme destacam os meteorologistas.
"As temperaturas deverão ficar acima do normal na previsão e, com as condições das safras decrescendo, há algumas áreas que estão se tornando uma preocupação", disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado agrícola da corretora Zaner Group, em Chicago em entrevista à Reuters.
Em contrapartida, os participantes do mercado já se preparam para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA. O boletim será divulgado na próxima sexta-feira (10).
"O relatório é o primeiro da temporada a incluir levantamentos de campo das safras norte-americanas, deverá mostrar maiores produções de milho e soja", informou a Reuters.
Mercado brasileiro
A quarta-feira foi de leves altas aos preços do milho praticados no mercado doméstico, de acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Campo Grande (MS), a alta foi de 3,45%, com a saca do milho a R$ 30,00. Em Rondonópolis (MT), o ganho ficou em 1,72% e a saca a R$ 29,50.
No Oeste da Bahia, a saca do milho fechou o dia a R$ 31,50, com valorização de 1,61%. Já em Palma Sola (SC), o ganho ficou em 1,45%, com a saca do cereal a R$ 35,00.
Em Mato Grosso, as praças de Primavera do Leste, Alto Garças e Itiquira, subiram 1,13% e finalizaram o dia com a saca de milho a R$ 26,80. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em setembro/18, fechou o dia estável em R$ 40,50.
Os analistas ainda reforçam que os negócios permanecem lentos no mercado doméstico. De um lado, os vendedores ainda postergam a comercialização do cereal e, de outro, os compradores adquirem apenas pequenos lotes para o abastecimento de curto prazo.
Além disso, o impasse do tabelamento do fretes continua a travar as negociações no mercado doméstico. Em Mineiros (GO), a colheita da safrinha já está completa em 80% da área semeada nesta temporada e os negócios ocorrem somente de forma pontual.
"Estamos tentando negociar os valores dos fretes para retirar o milho dos armazéns da região, que já estão com sua capacidade máxima. Inclusive, podemos ter milho a céu aberto na nossa região por conta desse cenário. E os preços deveriam estar próximos de R$ 33,00 a R$ 35,00 a saca para pagar todos os custos das lavouras", explica o presidente do Sindicato Rural do município, Ionaldo Morais Vilela.
Atualmente, a saca do cereal é cotada entre R$ 27,00 a R$ 28,00 na região.
Fonte: Notícias Agrícolas
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