Publicado em: 13/09/2018 às 10:50hs
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quinta-feira (13) com ligeiras altas, próximas da estabilidade. Às 9h02 (horário de Brasília), as principais posições da commodity testavam ganhos entre 0,75 e 1,25 pontos. O vencimento setembro/18 operava a US$ 3,42 por bushel, enquanto o dezembro/18 trabalhava a US$ 3,53 por bushel.
"O mercado testa uma reação depois de uma queda acentuada registrada nesta quarta-feira (12) após o reporte do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)", informou a Reuters internacional.
Ainda ontem, as cotações caíram quase 4% depois do USDA indicar a safra americana em 376,63 milhões de toneladas, frente as 370,51 milhões de toneladas estimadas em agosto. A produtividade subiu de 186,62 sacas para 189,65 sacas do grão por hectare. E os estoques ficaram em 45,06 milhões, bem acima do indicado no boletim anterior, de 42,77 milhões de toneladas.
Hoje, o departamento ainda divulga seu boletim semanal de vendas. O relatório é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento das negociações em Chicago.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: USDA eleva projeção para a safra americana e mercado recua quase 4% na CBOT nesta 4ª feira
A sessão desta quarta-feira (12) foi de forte queda aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity intensificaram as perdas após a divulgação do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e fecharam o dia com recuo de mais de 13 pontos, uma desvalorização de quase 4%.
O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,41 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,52 por bushel. O março/19 trabalhava a US$ 3,65 por bushel, já o maio/19 finalizou o pregão a US$ 3,73 por bushel.
"Os contratos futuros do milho caíram quase 4% nesta quarta-feira, em direção aos maiores declínios diários em mais de dois anos, depois que o USDA elevou a sua previsão para a produção norte-americana acima do esperado pelos analistas", reportou a Reuters internacional.
Ao longo da semana, os participantes do mercado já ajustavam posições para o relatório de hoje. Embora, ao contrário do esperado, o departamento elevou de 370,51 milhões para 376,63 milhões de toneladas nesta temporada.
A produtividade subiu de 186,62 sacas para 189,65 sacas do grão por hectare. E os estoques ficaram em 45,06 milhões, bem acima do indicado no boletim anterior, de 42,77 milhões de toneladas.
"Temos um enorme choque de oferta", disse o analista do Price Futures Group, Jack Scoville. “Obviamente, pela reação do mercado, (traders) foram pegos de surpresa no milho. Não acho que alguém esperasse um salto como esse", reportou o especialista, conforme divulgado pela Reuters internacional.
Mercado brasileiro
Enquanto isso, no mercado brasileiro, a quarta-feira foi de ligeiras quedas aos preços do cereal. Segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Itiquira (MT), a perda ficou em 4,76%, com a saca do grão a R$ 28,00.
Na região de Sorriso (MT), a queda foi de 4,17%, com a saca do milho a R$ 23,00. Em Castro (PR), a saca caiu 1,23% e fechou o dia a R$ 40,00. No Oeste da Bahia, o recuo foi de 0,75%, com a saca a R$ 33,25.
Já no Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em outubro/18, caiu 4,65% e finalizou o dia a R$ 41,00. Além da forte queda em Chicago, a queda do dólar também pesou nos preços do porto.
A moeda norte-americana caiu 0,21% nesta quarta-feira, sendo cotado a R$ 4,1455 na venda. "O câmbio caiu, sob influência do mercado externo e com algum movimento de correção após nova pesquisa de intenções de votos mostrar que candidatos mais à esquerda não ganharam tanta tração na corrida à Presidência", destacou a Reuters.
De forma geral, as cotações do cereal seguem sustentadas no mercado doméstico, porém, apresentam comportamentos distintos no país. No mercado paulista, a retração dos compradores ainda mantém os preços pressionados.
Enquanto isso, no Centro-Oeste e Sul do país, é a retração dos vendedores que mantém a firmeza das cotações. Ainda nesta terça-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a safrinha de milho em 54,4 milhões de toneladas, uma queda de quase 20% em relação ao ano anterior.
Fonte: Notícias Agrícolas
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