Publicado em: 13/06/2014 às 10:30hs
Por volta das 8h13 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 3,75 e 5,00 pontos. O vencimento julho/14 era negociado a US$ 4,49 por bushel, alta de 1,23%.
As cotações dão continuidade ao movimento iniciado na última sessão e tentam buscar uma recuperação frente às perdas acumuladas recentemente. Nas últimas semanas, os preços do cereal têm sido pressionados pelo bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas e pelas previsões climáticas, que permanecem favoráveis ao desenvolvimento das plantas no país.
Porém, a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, afirma que as cotações em patamares mais baixos acabam estimulando a demanda. Ainda assim, no curto prazo, o clima nos EUA deve continuar pesando nos preços. Já no longo prazo, os produtores devem estar atentos, pois a perspectiva é de safra recorde nos EUA, situação, que se confirmada poderá pressionar os futuros do cereal. Mas ainda é preciso aguardar uma melhor definição da safra norte-americana.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Mercado recupera e fecha pregão com leves altas em Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho fecharam o pregão desta quinta-feira (12) com ligeiras altas. Ao longo das negociações, os as principais posições da commodity oscilaram entre os campos negativo e positivo, mas fecharam a sessão com leves ganhos, entre 0,25 e 1,75 pontos. O vencimento julho/14 era cotado a US$ 4,42 por bushel, após atingir o menor nível desde 11 de fevereiro, de US$ 4,39 por bushel.
De acordo com a analista de mercado da FSCtone, Ana Luiza Lodi, as cotações buscaram uma recuperação, depois das perdas acumuladas durante a semana. Nesta quarta-feira, os preços do cereal fecharam o pregão em queda pelo terceiro dia consecutivo refletindo os números do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O departamento reportou a produção mundial, referente à safra 2014/15, em 981,12 milhões de toneladas, contra 979,08 milhões de toneladas estimadas no boletim de maio. Consequentemente, os estoques globais também foram ajustados para cima e aumentaram de 181,73 milhões de toneladas para 182,65 milhões de toneladas.
Entretanto, na visão da analista, o relatório do departamento norte-americano não surpreendeu o mercado, já que, os investidores esperavam modificações para as projeções, especialmente para a safra norte-americana. Porém, o órgão manteve os números de produção e produtividade da safra norte-americana em 353,97 milhões de toneladas e 174,95 sacas por hectare, respectivamente.
"É preciso ressaltar que essa produtividade estimada pelo departamento já é um recorde para o país. E as lavouras norte-americanas apresentam bom desenvolvimento, no último relatório o USDA reportou que cerca de 75% das plantações estão em condições boas e excelentes", explica Ana Luiza.
E de acordo com informações divulgadas pela agência internacional de notícias Bloomberg, um mixa favorável de chuvas, sol e temperaturas mais quentes nas próximas duas semanas irá impulsionar o desenvolvimento das culturas de soja e milho no país. Com isso, a expectativa é que o USDA já reporte estimativas para o rendimento das lavouras maiores nos próximos relatórios. As especulações giram em torno de 177,27 sacas por hectare neste ano, número maior do que a projeção do departamento.
"No curto prazo, o clima favorável nos EUA já continuar influenciando negativamente os preços, que pode recuar abaixo dos US$ 4,40 por bushel. Em longo prazo, a expectativa é de produção cheia nos EUA, o que indica pressão nos preços, porém temos que esperar para ter uma melhor definição da produção no país. E também é preciso lembrar que preços mais baixos estimulam as compras", diz a analista de mercado.
Fonte: Notícias Agrícolas
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