Publicado em: 28/07/2025 às 09:30hs
Goiás, terceiro maior produtor de milho do Brasil — atrás apenas de Mato Grosso e Paraná —, deve atingir produtividade histórica em 2025. De acordo com projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total de grãos no estado deve ultrapassar 33,7 milhões de toneladas, tendo o milho da segunda safra como protagonista desse crescimento.
“O milho não é apenas um cultivo, ele conecta lavoura, pecuária e agroindústria, gera renda e movimenta a economia local. Goiás é um exemplo de como o investimento em tecnologia pode transformar o campo em um polo de eficiência”, destaca Marcos Boel, supervisor de Sementes da Conceito Agrícola.
A safrinha goiana tem permitido aos produtores aproveitarem ao máximo os recursos agrícolas disponíveis, com uma segunda safra tão expressiva quanto a da soja. O milho produzido no estado abastece granjas, confinamentos, cooperativas e ainda é utilizado como matéria-prima para biocombustíveis, como o etanol de milho.
“Investir em biotecnologia e melhoramento genético não é diferencial, é requisito para produtividade”, afirma Boel. Ele destaca que, além do elevado potencial produtivo das sementes modernas e sua resistência a pragas, o manejo fitossanitário criterioso é indispensável para garantir resultados no campo.
O desempenho das lavouras goianas não se deve apenas à genética avançada das sementes. A adoção de novas moléculas e formulações de fungicidas e inseticidas — fundamentais no controle de pragas como a cigarrinha-do-milho — tem sido essencial para proteger a produtividade das plantações.
Segundo Boel, “o setor de sementes tem sido protagonista em inovação, mas nada disso funciona isoladamente. O sucesso vem quando genética, biotecnologia e manejo estão alinhados no campo”.
Apesar do bom desempenho no campo, o mercado externo apresenta desafios. Dados da plataforma digital Grão Direto indicam que as exportações brasileiras de milho caíram 80% em julho, resultado da menor competitividade após os recordes de exportação em 2023.
Ainda assim, Goiás continua em posição de destaque. O estado alia tecnologia de ponta a uma localização estratégica, com acesso facilitado a portos e mercados externos. Além disso, a forte integração entre produção local e agroindústrias — como as de suínos, aves, etanol e ração — agrega valor à cadeia produtiva e reduz custos.
“Essa interação torna o milho goiano competitivo não só dentro do Brasil, mas também no mercado internacional, quando o cenário global é favorável”, ressalta o supervisor da Conceito Agrícola.
Em plena colheita da safrinha, a recomendação aos produtores é clara: investir em tecnologia é essencial para garantir produtividade e rentabilidade, mesmo em contextos de preços pressionados.
“Goiás, com sua combinação de clima favorável, investimento em inovação e infraestrutura, reforça seu papel como um dos motores do agro brasileiro — e o milho, sem dúvida, está no centro dessa engrenagem”, conclui Boel.
Fonte: Portal do Agronegócio
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