Publicado em: 06/07/2018 às 11:10hs
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram o pregão desta sexta-feira (6) com ligeiras quedas, próximos da estabilidade. Às 8h08 (horário de Brasília), as principais posições do cereal testavam perdas entre 0,25 e 1,25 pontos. O julho/18 era cotado a US$ 3,42 por bushel, enquanto o setembro/18 operava a US$ 3,51 por bushel.
Os investidores permanecem cautelosos e focados nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. As tarifas impostas por Pequim aos produtos norte-americanos entram em vigor nesta sexta-feira, cenário que pode afetar as exportações americanas.
"O presidente Donald Trump disse na quinta-feira que os Estados Unidos podem impor tarifas sobre mais de meio trilhão o valor dos bens chineses em dólares, enquanto as duas maiores economias do mundo avançavam em direção ao início de uma guerra comercial", destacou a agência Reuters internacional.
No caso do milho, as atenções também estão voltadas ao clima no Meio-Oeste americano. Isso porque, uma onda de calor prevista para a próxima semana poderia afetar a polinização das lavouras, uma das fases mais importantes da cultura.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu boletim semanal de vendas semanais. O número é um importante indicador de demanda e pode afetar o andamento das negociações.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Preocupações com calor no Meio-Oeste dão suporte e mercado encerra 5ª feira com leves altas na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta quinta-feira (5) com leves ganhos, próximos da estabilidade. As principais posições da commodity reduziram os ganhos durante o pregão e encerraram o dia com altas entre 0,25 e 0,75 pontos. O vencimento julho/18 era cotado a US$ 3,43 por bushel, enquanto o setembro/18 trabalha a US$ 3,52 por bushel.
Conforme destacam as agências internacionais, os preços acompanharam as perdas registradas nos futuros da soja nesta quinta-feira. Os vencimentos da oleaginosa caíram mais de 8 pontos no pregão de hoje, pressionados pelas preocupações com as tarifas impostas por Pequim aos produtos americanos e que deverão entrar em vigor nesta sexta-feira (6).
"Ainda assim, as quedas do milho foram limitadas pelas preocupações com o calor excessivo no cinturão produtor nos EUA, à medida que a cultura entre em seu estágio de desenvolvimento de polinização", reportou a agência Reuters internacional.
Entre os dias 10 a 14 de julho, as temperaturas deverão ficar acima da normalidade no Meio-Oeste americano, conforme dados do NOAA, Serviço de Meteorologia do Governo dos Estados Unidos.No mesmo período, as chuvas deverão ficar dentro da normalidade, em boa parte da região, porém, alguns estados podem registrar precipitações abaixo do normal.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 137 mil toneladas de milho, de origem opcional, para a Coreia do Sul. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.
Um contrato de origem opcional estabelece que a origem da mercadoria pode ser os Estados Unidos ou um ou mais países exportadores.
No caso do milho, a guerra comercial entre Estados Unidos e China também segue no radar dos participantes do mercado. A expectativa é que esse cenário afete as exportações norte-americanas.
Já o relatório de vendas semanais do USDA, tradicionalmente reportado às quintas-feiras, será divulgado nesta sexta-feira devido ao feriado do Dia da Independência comemorado na quarta-feira.
Mercado brasileiro
Novamente, os preços do milho praticados no mercado doméstico exibiram poucas movimentações nesta quinta-feira. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Campo Novo do Parecis (MT), a queda ficou em 4,55%, com saca do cereal a R$ 21,00. Já em Tangará da Serra (MT), a perda ficou em 4,35%, com a saca a R$ 22,00.
Na região de Campo Grande (MS), o recuo foi de 1,92% e a saca encerrou o dia a R$ 25,50. Por outro lado, no oeste da Bahia, a saca subiu 0,78% e fechou o dia a R$ 32,25 a saca. Nas demais regiões o dia foi de estabilidade.
As cotações do cereal permanecem pressionadas negativamente devido ao avanço da colheita da safrinha no Brasil. Fora dos campos, os produtores seguem preocupados com os impactos do impasse do tabelamento do frete. Os armazéns da região estão próximos de atingirem a capacidade máxima de estocagem. Isso porque, muitas empresas ainda não escoaram a soja da safra de verão, que já foi negociada.
"Os armazéns estão lotados e muitos produtores estão utilizando silos-bolsa para o milho safrinha. E os negócios estão parados na nossa região, inclusive, com esse impasse os preços do cereal já recuaram de R$ 20,00 a saca para algo em torno de R$ 16,00 a R$ 17,00 a saca", destaca o produtor rural de Tapurah (MT), Silvésio de Oliveira.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a quinta-feira a R$ 3,9344 na venda, com alta de 0,55%. O câmbio acompanhou a cena externa e em dia de divulgação da ata do Federal Reserve, banco central americano, conforme destacou a Reuters.
Fonte: Notícias Agrícolas
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