Publicado em: 03/10/2025 às 19:20hs
O mercado brasileiro de milho encerrou setembro com leve valorização nas cotações, mas com negociações em ritmo lento. De acordo com a Safras Consultoria, grande parte dos consumidores manteve postura cautelosa, avaliando variáveis como preços futuros do cereal, dólar, paridade de exportação e condições climáticas.
Do lado da oferta, produtores reduziram as fixações ao longo do mês, o que ajudou a sustentar os preços, mas também travou o avanço das comercializações no mercado interno.
Apesar da lentidão no mercado interno, as exportações tiveram desempenho positivo em setembro. Os line-ups indicaram embarques superiores a 7,4 milhões de toneladas no mês, e para outubro são esperados mais 4,9 milhões de toneladas.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de milho geraram receita de US$ 1,324 bilhão em setembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 66,23 milhões. Foram embarcadas 6,631 milhões de toneladas, com preço médio de US$ 199,70 por tonelada.
Na comparação com setembro de 2024, houve aumento de 11,3% no valor médio diário exportado, crescimento de 8,4% na quantidade média diária e valorização de 2,6% no preço médio da tonelada.
No cenário internacional, setembro foi negativo para os preços do milho na Bolsa de Chicago, refletindo o avanço da colheita nos Estados Unidos e a expectativa de uma safra recorde. As perdas só não foram maiores devido à forte demanda pelo cereal norte-americano ao longo do mês.
No Brasil, o preço médio da saca foi cotado a R$ 63,54 em 30 de setembro, alta de 1,86% frente aos R$ 62,38 registrados no fim de agosto.
Confira algumas praças:
O cenário segue marcado por oferta firme dos produtores, consumo doméstico mais cauteloso e exportações aquecidas. A sustentação dos preços depende, nos próximos meses, do ritmo de embarques externos e do impacto da safra norte-americana sobre o mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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