Publicado em: 08/08/2018 às 10:30hs
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a testar o lado positivo da tabela na manhã desta quarta-feira (8). Por volta das 9h19 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam altas entre 1,25 e 1,75 pontos. O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,72 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,85 por bushel.
O mercado esboça uma tímida reação depois das perdas registradas no dia anterior, conforme destacam as agências internacionais. O clima no Meio-Oeste dos EUA segue no radar dos participantes do mercado.
Com 71% das lavouras em boas ou excelentes condições, os mapas climáticos ainda indicam temperaturas acima da normalidade e chuvas dentro da normalidade em boa parte do Meio-Oeste nos próximos dias. Além disso, as informações vindas do lado da demanda também seguem no centro dos negócios.
Por outro lado, os investidores já começam a se preparar para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O relatório será divulgado nesta sexta-feira (10).
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Mercado fecha 3ª com leves quedas de olho no boletim do USDA, mas demanda limita perdas na CBOT
Após três altas consecutivas na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta terça-feira (7) com ligeiras desvalorizações. As principais posições da commodity, que iniciaram o dia em campo positivo, fecharam a sessão com leves quedas entre 0,25 e 1,00 pontos, bem próximas da estabilidade.
O setembro/18 era cotado a US$ 3,70 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,84 por bushel. O março/19 finalizou o dia a US$ 3,95 por bushel e o maio/19 era negociado a US$ 4,02 por bushel.
"Os preços do milho terminaram a sessão desta terça-feira com pequenas perdas em meio ao movimento de correção técnica, com os participantes do mercado começando a se posicionar antes do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado na próxima sexta-feira (10)", reportou o site internacional Farm Futures.
Apesar das leves quedas, a Reuters internacional destacou que a movimentação negativa foi limitada pela demanda. Ainda nesta terça-feira, o USDA reportou a venda de 179 mil toneladas de milho de origem opcional para destinos desconhecidos. O volume deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.
Um contrato de origem opcional estabelece que a origem da mercadoria pode ser os Estados Unidos ou um ou mais países exportadores.
Paralelamente, o comportamento do clima também segue no centro dos negócios. Ainda no final da tarde desta segunda-feira, o departamento americano reportou que 71% das plantações apresentavam boas ou excelentes condições até o último domingo (5).
O número ficou em linha com as expectativas dos investidores e abaixo da semana anterior, de 72%. Outro fator que também tem ajudado a sustentar as cotações do cereal é a alta observada no mercado do trigo. Por sua vez, as cotações do trigo têm sido suportadas pelas preocupações com o clima nas principais regiões de produção, fator que pode influenciar a oferta global nesta temporada.
Em relação ao clima, mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, indicam que as temperaturas ainda deverão ficar acima da normalidade em grande parte do Meio-Oeste, entre os dias 12 a 16 de agosto. No mesmo período, as chuvas deverão ficar dentro da normalidade.
Mercado brasileiro
No mercado doméstico, a terça-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Brasília, a saca subiu 3,57% e fechou o dia a R$ 29,00. Na região de Rio do Sul (SC), o ganho ficou em 2,86%, com a saca do cereal a R$ 36,00.
Na região de Não-me-toque (RS), a valorização ficou em 1,49%, com a saca a R$ 34,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em setembro/18, permaneceu estável em R$ 40,50.
De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, "os negócios seguem lentos no mercado interno. Os vendedores seguram o milho e esperam cotações maiores". Os compradores, por sua vez, priorizam a aquisição de pequenos lotes para o abastecimento de curto prazo, segundo dados do Cepea.
"Os vendedores estão postergando novos negócios, diante do atraso da colheita da segunda safra, das incertezas quanto ao frete e, principalmente, da possível redução na produtividade", informou a entidade em nota semanal.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,7671 na venda, com alta de 0,98%. Segundo informações da Reuters, o câmbio inverteu a movimentação ao longo do pregão desta terça-feira com informações da cena política brasileira.
Fonte: Notícias Agrícolas
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