Publicado em: 26/09/2018 às 10:50hs
Os futuros do milho iniciaram o pregão desta quarta-feira (26) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). Às 9h08 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal testavam quedas entre 0,25 e 0,75 pontos. A posição dezembro/18 era cotada a US$ 3,63 por bushel, enquanto o março/19 trabalhava a US$ 3,75 por bushel.
Depois das recentes valorizações, as cotações do cereal esboçam um movimento de correção técnica na manhã desta quarta-feira, conforme destacam as agências internacionais. Ainda nesta terça-feira, o mercado subiu, sustentado por uma venda de exportação adicional.
Por outro lado, a safra norte-americana permanece no radar dos investidores. Até o início dessa semana, cerca de 16% da área semeada já havia sido colhida, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana anterior, o índice estava em 9%.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Venda adicional de exportação dá suporte e mercado sobe pelo 5º pregão consecutivo em Chicago
Pelo quinto dia consecutivo, os preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) subiram. Nesta terça-feira (25), os vencimentos do cereal iniciaram a sessão com pouca movimentação, mas consolidaram os ganhos e encerraram o pregão com valorizações entre 3,00 e 3,25 pontos.
O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,63 por bushel, enquanto o março/19 operava a US$ 3,75 por bushel. O maio/19 trabalhava a US$ 3,83 por bushel e o julho/19 era negociado a US$ 3,88 por bushel.
"Os preços do milho continuaram a subir nesta terça-feira para uma alta de um mês, com vendas adicionais de exportação que desencadearam um movimento de cobertura de posições", explica o site internacional Farm Futures, em seu comentário diário.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 239,6 mil toneladas de milho para o México. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.
A demanda tem sido um importante fundamento de sustentação aos preços do cereal nos últimos dias. Paralelamente, o andamento da colheita nos Estados Unidos também segue no radar dos participantes do mercado.
Até o último domingo, os produtores americanos colheram 16% da área cultivada nesta temporada, ainda segundo dados do USDA. Na semana anterior, cerca de 9% da área havia sido colhida.
Já no mesmo período do ano anterior, o índice colhido era de 10%. Ainda conforme levantamento do departamento norte-americano, a média dos últimos cinco anos é de 11%.
Mercado interno
No mercado doméstico, a terça-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em Palma Sola (SC), o ganho ficou em 11,80%, com a saca do cereal a R$ 36,00. Já em Sorriso (MT), o ganho foi de 4,55%, com a saca a R$ 23,00.
Ainda no estado, em Campo Novo do Parecis, a saca subiu 2,17% e encerrou o dia a R$ 23,50. No Paraná, as praças de Ubiratã e Londrina, subiram 1,64%, com a saca a R$ 31,00. Em Brasília, a alta foi de 0,61%, com a saca a R$ 33,20.
Na contramão desse cenário, a saca caiu 3,33% e fechou o dia a R$ 29,00 em São Gabriel do Oeste (MS). Na região de Campinas (SP), a perda foi de 0,52%, com a saca a R$ 39,89. Em Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com a saca futura, a R$ 38,00.
Conforme explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações cederam recentemente em meio à queda de braços entre compradores e vendedores. "De um lado, os vendedores seguem com o produto armazenado e de outro, as indústrias apostam na sobra do produto no mercado interno, devido às exportações", afirma.
O resultado desse cenário é a lentidão nos negócios que se arrasta no mercado interno. Ainda na visão do especialista, o Brasil ainda precisa comercializar 20 milhões de toneladas da safrinha.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 4,0830 na venda, com ligeira queda, de 0,12%. A Reuters destacou que, "o movimento foi influenciado pela melhora de moedas emergentes e por um fluxo pontual de venda, depois de ter encostado em 4,15 reais mais cedo sob influência da pesquisa Ibope de intenção de votos que mostrou um segundo turno mais difícil para Jair Bolsonaro (PSL)".
Fonte: Notícias Agrícolas
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