Milho e Sorgo

Milho abre a semana caindo na B3 e em Chicago

Boa expectativa para safrinha pressiona no Brasil e petróleo na CBOT


Publicado em: 20/04/2020 às 10:50hs

Milho abre a semana caindo na B3 e em Chicago

A segunda-feira (20) começa com leves perdas para os preços futuros do milho na bolsa brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,28% e 0,92% por volta das 09h14 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 45,57 com baixa de 0,28%, o julho/20 tinha valor de R$ 43,00 com desvalorização de 0,92%, o setembro/20 era negociado por R$ 41,84 com queda de 0,83% e o novembro/20 tinha valor de R$ 43,93 com perda de 0,39%.

Segundo analise da Scot Consultoria, a pressão de baixa continua no mercado milho devido às incertezas com relação à demanda e, por ora, boas expectativas para a segunda safra, cuja colheita ganha força em junho no país.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) inicia a semana caindo para os preços internacionais do milho futuro nesta segunda-feira (20). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 2,25 e 2,50 pontos por volta das 08h49 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,20 com queda de 2,25 pontos, o julho/20 valia US$ 3,27 com perda de 2,25 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,31 com desvalorização de 2,50 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,41 com baixa de 2,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho foram pressionados pelos preços mais baixos da energia e pelo aumento da volatilidade do mercado nesta manhã.

Agora, o mercado aguarda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgue seu relatório semanal sobre o progresso da safra. “O tempo seco na semana passada provavelmente aumentará significativamente o progresso do plantio de milho no Meio-Oeste”, comenta a analista Jacqueline Holland.

Apenas 3% da safra foi plantada na primeira semana do relatório, 1% abaixo da média de cinco ano.

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Durante esta sexta-feira (09) não foram detectadas valorizações em nenhuma das praças pesquisadas em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Já as desvalorizações apareceram em Castro/PR, Porto Paranaguá/PR (2,17% e preço de R$ 45,00), Panambi/RS, Não-Me-Toque/RS, Palma Sola/SC, Cascavel/PR, Pato Branco/PR (4,91% e preço de R$ 38,70), Ubiratã/PR (5,06% e preço de R$ 37,50) e Londrina/PR (5,06% e preço de R$ 37,50).

Em seu reporte diário, a Radar Investimentos apontou que, o mercado físico do milho esteve frouxo durante toda esta semana em São Paulo. “Na medida em que a disponibilidade do cereal de fora do estado aumentava, o comprador se retraía, o que pressionou as cotações no mercado interno. As referências em Campinas-SP giram ao redor de R$53/sc, CIF, 30d”.

B3

A bolsa brasileira operou a durante todo o dia em patamares positivos para os preços futuros do milho, mas fechou o dia com movimentações em campo misto entre 0,11% negativo e 0,23% positivo por volta das 17h49 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 foi cotado à R$ 45,65 com queda de 0,11%, o julho/20 valeu R$ 43,40 com estabilidade, o setembro/20 foi negociado por R$ 42,24 com ganho de 0,12% e o dezembro/20 teve valor R$ 44,10 com elevação de 0,23%.

A Agrifatto Consultoria apontou, em sua análise diária, que as movimentações negativas na B3 nos últimos dias têm auxiliado pecuaristas que buscam fazer proteção de alta do milho, já que a cotação do contrato para maio/20 já caiu 13,64% desde o pico registrado no dia 13/03/2020.

“Ainda que não seja o cenário ideal, a desvalorização do cereal traz certo alívio para quem necessita adquiri-lo, mas visualizava um mercado pressionado. A pressão sobre o preço do milho advém, principalmente, da demanda, pois, o mercado ainda busca um norte sobre o comportamento dessa”, aponta a publicação.

Porém, informações de problemas no desenvolvimento na segunda safra em estados como o Paraná e Mato Grosso do Sul, além de preocupações com a quantidade de chuvas que as lavouras do Mato Grosso devem receber nos próximos dias podem ter influenciado nessas altas de hoje.

Um levantamento realizado pela Aprosoja Mato Grosso do Sul aponta que foram cultivadas menos de 1,9 milhões de hectares de milho, contra mais de 2 milhões na segunda safra de 2019, sendo que 30% do total ficaram fora da melhor janela para o estado.

Segundo o presidente da Aprosoja MS, André Figueiredo Dobashi, o mês de abril já registra temperaturas baixas, de até 6°C em algumas regiões do estado e o risco de geadas para o mês de junho é grande, o que impactaria bastante na produtividade.

Mercado Externo

O último dia da semana chegou ao fim com ganhos para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram flutuações positivas entre 2,50 e 3,00 pontos ao final desta sexta-feira (17).

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,22 com alta de 2,50 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,29 com valorização de 3,00 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,33 com elevação de 2,75 pontos e o dezembro/20 teve valor US$ 3,43 com ganho de 2,50 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,94% para o maio/20, de 0,92% para o julho/20, de 0,60% para o setembro/20 e de 0,59% para o dezembro/20.

Com relação ao fechamento da última quinta-feira (09), os futuros do milho acumularam desvalorizações de 2,72% para o maio/20, de 2,08% para o julho/20, de 2,35% para o setembro/20 e de 2,00% para o dezembro/20, na comparação da última semana.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho subiram mais nas compras por pechincha, consolidando-se acima de um mínimo de 3 anos e meio nesta semana. Os ganhos modestos em commodities seguiram o endurecimento nos mercados de ações e de petróleo, com os traders a cobrirem pouco depois de uma semana de queda nos preços.

“No final de semana, os traders estão registrando lucros”, disse Jeff French, analista da Top Third Ag Marketing.

A publicação destaca que os preços do petróleo subiram, à medida que os investidores reagiram aos comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para reiniciar a maior economia do mundo depois de travar para desacelerar a propagação do novo Coronavírus, apoiando os preços dos grãos.

Enquanto isso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou uma venda de 120.000 toneladas de soja nos EUA para um destino desconhecido na sexta-feira, embora as vendas de exportação da oleaginosa na semana passada tenham sido de 304.700 toneladas, abaixo das estimativas dos analistas que variam de 375.000 a 900.000 toneladas.

“As vendas de exportação de milho nos EUA têm sido constantes, mas não compensam a queda na demanda por etanol à base de milho, uma vez que os pedidos de bloqueio mantiveram os carros fora das estradas”, comenta Christopher Walljasper da Reuters Chicago.

Fonte: Notícias Agrícolas

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