Publicado em: 07/05/2025 às 10:30hs
Enquanto os valores do cereal apresentam estabilidade ou leve queda em estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, os contratos futuros também recuam na B3, influenciados por projeções mais otimistas para a colheita e por uma demanda interna ainda enfraquecida. A seguir, confira os principais destaques regionais e as movimentações nas bolsas.
No Rio Grande do Sul, os preços do milho seguem pressionados pelas vendas intensas realizadas junto às cooperativas. De acordo com a TF Agroeconômica, as cotações para maio variam entre R$ 70,00 e R$ 74,00 por saca, com referências locais de R$ 69,00 em Santa Rosa e Ijuí, R$ 70,00 em Não-Me-Toque, Marau, Gaurama e Seberi, R$ 71,00 em Arroio do Meio e Lajeado, e R$ 72,00 em Montenegro. Em Panambi, o valor segue em R$ 63,00 por saca.
Em Santa Catarina, os preços também se mantêm estáveis, com variações pontuais e baixa liquidez no mercado. A expectativa é de que o avanço da colheita da soja possa liberar mais milho ao mercado e permitir novos ajustes. Atualmente, os preços giram em torno de R$ 72,00 para entrega em agosto (pagamento em 30 de setembro) e R$ 73,00 para entrega em outubro (pagamento em 28 de novembro).
O mercado paranaense de milho mostra um cenário misto. As cotações têm oscilado entre estabilidade e queda, com negócios ainda limitados. Em Ubiratã, o preço caiu 1,72%, fechando a R$ 57,00 por saca. Em contraste, Castro registrou valorização de 1,45%, com a saca atingindo R$ 70,00. Em Marechal Cândido Rondon, os preços permaneceram estáveis em R$ 58,00.
No Mato Grosso do Sul, o ritmo das negociações segue lento, com destaque para a queda significativa registrada em Dourados, onde a saca recuou para R$ 64,84. Já em Campo Grande e Sidrolândia, os preços permaneceram estáveis em R$ 69,00 e R$ 70,00, respectivamente. Em Maracaju, a cotação segue em R$ 68,00, enquanto em Chapadão do Sul houve leve baixa, com a saca sendo negociada a R$ 65,21.
Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros de milho encerraram o pregão da última terça-feira (20/08) em queda. A pressão decorre principalmente da perspectiva de maior produção na segunda safra brasileira. A consultoria Céleres revisou sua estimativa para a colheita total do país, agora projetada em 135,40 milhões de toneladas, ante os 134,80 milhões estimados anteriormente.
Esse cenário abre espaço para possíveis revisões nos relatórios de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o que tem influenciado diretamente os preços futuros.
A demanda interna também tem contribuído para a retração nos preços. Segundo o Cepea, os consumidores seguem utilizando estoques já disponíveis, aguardando novas quedas com a entrada da segunda safra. Como consequência, os principais vencimentos na B3 apresentaram baixa. O contrato de julho de 2025 encerrou a R$ 65,26 (queda de R$ 0,44 no dia e R$ 2,10 na semana), enquanto o de setembro fechou a R$ 66,30 (recuo de R$ 0,50 no dia e R$ 1,75 na semana). Já o contrato de novembro terminou cotado a R$ 68,63, com perda diária de R$ 0,67 e semanal de R$ 2,11.
Na Bolsa de Chicago, o mercado futuro de milho apresentou resultados mistos. O contrato de julho subiu 0,16%, fechando a 455,50 centavos de dólar por bushel, impulsionado por compras de oportunidade. Em contrapartida, o contrato para setembro recuou 0,58%, encerrando a 430,25 centavos por bushel.
Os vencimentos mais longos continuam sob pressão, influenciados pela rápida semeadura da safra norte-americana — que já cobre 40% da área estimada, frente aos 35% do mesmo período do ano passado — e pelas boas condições do milho safrinha no Brasil, que reforçam a tendência de alta na oferta global.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias