Publicado em: 21/03/2014 às 10:25hs
Os vencimentos da commodity dão continuidade ao movimento de realização de lucros e, por volta, das 8h19 (horário de Brasília), as principais posições registravam perdas entre 0,50 e 1,25 ponto. O contrato maio/14 era comercializado a US$ 4,77 por bushel.
Segundo analistas, a tendência é que o mercado opere com volatilidade nos próximos pregões até o anúncio do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no dia 31 de março. E, após a divulgação, as cotações do cereal devem buscar um direcionamento.
Enquanto isso, o investidores ainda observam as previsões climáticas nos Estados Unidos. A previsão de clima mais frio para algumas regiões do Corn Belt, se confirmada, poderá atrasar a semeadura do milho no país.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira (21):
Milho: Mercado realiza lucros e fecha em baixa na CBOT; No Brasil, preços seguem estáveis
As cotações futuras da soja fecharam a sessão desta quinta-feira (20) em baixa na Bolsa de Chicago. Durante as negociações, os principais vencimentos da commodity ampliaram as perdas e terminaram o pregão com quedas entre 8 e 9,25 pontos. O contrato maio/14 era cotado a US$ 4,78 por bushel, uma desvalorização de 1,89% em relação ao último pregão.
O mercado realizou lucros nesta quinta, após os ganhos das últimas sessões, conforme afirma o analista de mercado da Safras & Mercado, Paulo Molinari. Além disso, as vendas dos estoques do produto por parte dos produtores norte-americanos pressionaram negativamente os preços em Chicago. Os agricultores dos EUA estão tentando se capitalizar para adquirir sementes e insumos para a safra 2014/15.
No curto prazo, a tendência é que as cotações trabalhem com volatilidade até a divulgação do relatório de intenção de plantio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no dia 31 de março. “A partir daí teremos um direcionamento para os preços do cereal na Bolsa de Chicago”, relata Molinari.
Ainda nesta quinta-feira, outro fator que também deu tom negativo aos preços foram os números das vendas semanais dos EUA reportadas pelo departamento. Na semana encerrada no dia 13 de março, as vendas totalizaram 745.800 toneladas, contra 683.400 toneladas na semana anterior. O número desta semana representa um aumento de 9% em relação à última divulgação. No entanto, em comparação com a média das últimas quatro semanas, as vendas norte-americanas de milho diminuíram cerca de 20%.
Em contrapartida, os investidores ainda estão atentos em relação ao clima nos Estados Unidos. A previsão ainda é de clima mais frio para algumas importantes regiões produtoras no Corn Belt, o que na visão dos analistas, se for concretizado poderá comprometer o plantio da temporada 2014/15.
BMF&Bovespa
No Brasil, os futuros do milho negociados na BMF&Bovespa registraram mais um dia de valorização. A quebra na safra de milho verão devido ao clima e às incertezas em relação à safrinha permanecem como fatores de suporte aos preços.
Em muitas regiões importantes, os agricultores continuam plantando o milho, mesmo fora da janela ideal, o que aumenta os riscos em produtividade. Para o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, no Mato Grosso, os preços da saca do cereal devem trabalhar no intervalo entre R$ 15,00 e R$ 20,00 esse ano.
“Os investimentos em tecnologia e adubação também são menores nessa safra. Provavelmente, a safrinha deverá ser menor e não teremos um grande excesso de milho para exportar. Será uma briga boa entre os consumidores no sul do país e os embarques”, relata Brandalizze.
Em Campinas (SP) CIF, a saca terminou o dia cotada a R$ 33, 00, em Cascavel (PR) a R$ 28,00. Já em Sorriso (MT) o valor foi de R$ 21, 00, enquanto que em Jataí (GO) o preço da saca ficou em R$ 28,00.
Fonte: Notícias Agrícolas
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