Publicado em: 14/05/2025 às 11:00hs
Em Santa Catarina, a colheita avançou com bons resultados, mas o mercado segue com baixa liquidez. Já no Rio Grande do Sul, a oferta de milho se restringe, gerando dificuldades para as vendas. Enquanto isso, no Paraná e Mato Grosso do Sul, a expectativa é de movimentação mais intensa nos próximos dias, com a conclusão da colheita da soja e a aproximação da safra de milho de segunda temporada.
Em várias partes do Brasil, o mercado de milho segue com dificuldades, e o Rio Grande do Sul é uma das regiões que mais sente esse impacto. A oferta de milho diminuiu ainda mais nesta semana, com as negociações limitadas a situações de extrema necessidade. Com mais de 95% da safra de verão 2025 já comercializada, os armazenadores estão mantendo uma postura resistente diante das atuais cotações. Os preços variam entre R$ 67,00 e R$ 70,00 por saca, com valores regionais como R$ 67,00 em Santa Rosa e Ijuí e R$ 70,00 em Arroio do Meio e Lajeado.
Em Santa Catarina, a colheita do milho avança de forma positiva, com boa produtividade, mas o mercado segue com baixa liquidez. A diferença significativa entre os preços pedidos pelos produtores e os ofertados pelos compradores impede o fechamento de negócios. Em Campos Novos, por exemplo, os produtores estão pedindo até R$ 85,00 por saca, enquanto os compradores não ultrapassam os R$ 80,00. Apesar da redução de 13% na área plantada, a produção total de milho cresceu mais de 23%, impulsionada pela produtividade recorde de 9.717 kg/ha. A expectativa é de uma retomada nas negociações com o avanço da colheita da soja, o que pode melhorar a oferta e aumentar as transações.
No Paraná, o mercado de milho segue com preços voláteis e ritmo de negócios lento. Em Ubiratã, a saca caiu para R$ 57,00, enquanto em Castro houve uma alta para R$ 70,00. Nos Campos Gerais, o preço da saca é cotado a R$ 76,00 FOB, mas os produtores continuam pedindo até R$ 80,00. Com o fim da colheita da soja, espera-se uma maior movimentação nas próximas semanas, o que pode melhorar a oferta e a negociação de milho, com possível retomada nas transações.
Em Mato Grosso do Sul, o mercado segue em compasso de espera, aguardando o início da colheita da segunda safra. Os preços do milho recuaram em várias praças, com cotação de R$ 56,00 por saca em Chapadão do Sul, R$ 58,00 em Sidrolândia e Ponta Porã, e R$ 60,00 em Dourados e Campo Grande. Apesar da queda nos preços, os compradores seguem cautelosos, aguardando uma definição mais clara sobre a safra de milho para retomar as compras.
Apesar da atual estagnação nas negociações de milho nas principais regiões produtoras do Sul do Brasil, as expectativas são de que o mercado volte a se aquecer nas próximas semanas. A conclusão da colheita da soja deve melhorar a oferta de milho, gerando uma movimentação maior nos negócios. Contudo, a cautela permanece, especialmente com as incertezas em torno da safra de milho de segunda temporada, que deve influenciar o mercado de forma significativa.
Fonte: Portal do Agronegócio
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