Publicado em: 02/06/2025 às 11:08hs
A semana começou com recuo nos preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). Por volta das 9h49 desta segunda-feira (2), os principais contratos operavam no campo negativo:
A queda nos preços reflete um movimento típico para o período, marcado pelo avanço da colheita da segunda safra, o que tende a aumentar a oferta interna e pressionar as cotações.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros do milho começaram a segunda-feira em alta, tentando recuperar parte das perdas acumuladas na semana anterior. Por volta das 9h44 (horário de Brasília), os contratos registravam as seguintes cotações:
Segundo o portal Farm Futures, o mercado tenta se reequilibrar após os indicadores técnicos do milho sofrerem forte erosão, com risco de novas quedas caso os especuladores intensifiquem as apostas baixistas.
De acordo com análise da TF Agroeconômica, embora o momento ainda favoreça a venda antecipada do milho, é preciso atenção. A consultoria lembra que quem se antecipou nos últimos 50 dias conseguiu ganhos de até R$ 20 por saca. No entanto, alertam que esperar até julho, tradicionalmente o mês de maior oferta, pode ser um erro estratégico.
Para produtores que desejam proteger os preços sem correr riscos com a entrega física, a recomendação é negociar contratos futuros na B3. O mercado futuro, segundo a TF, oferece segurança em anos com incertezas climáticas, como o atual.
O mercado do milho está sendo influenciado por fatores que atuam tanto na valorização quanto na desvalorização dos preços:
Fatores de alta:
Fatores de baixa:
Na última sexta-feira (30), os contratos futuros de milho na B3 encerraram o pregão em alta, impulsionados pela valorização do dólar, que aumentou a competitividade do milho brasileiro no mercado externo. Ainda assim, o mês de maio terminou com saldo negativo.
Os dados da B3 mostram:
No mercado físico, o indicador Cepea caiu 3,08% na semana e acumulou baixa de 13,95% em maio.
Na CBOT, o milho registrou a maior desvalorização entre os grãos negociados ao longo de maio. O contrato de julho/24 caiu 0,67% na sexta-feira, encerrando a US$ 4,44 por bushel, com perdas de 3,37% na semana e 6,62% no mês.
As exportações norte-americanas somaram 916,7 mil toneladas na última semana, uma redução de 23% em relação ao volume anterior e o menor patamar semanal do ano, abaixo de 1 milhão de toneladas.
O mercado internacional segue atento às movimentações políticas nos EUA. A possibilidade de retorno de Donald Trump à presidência levanta temores sobre novas tarifas comerciais. Além disso, rumores de cancelamentos de compras internacionais aumentam a cautela.
Mesmo com especulações sobre a redução da área plantada com milho nos EUA para a safra 2025/26, muitos agricultores optaram por manter o cultivo do cereal, diante da relação de preços mais favorável em comparação à soja.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias