Publicado em: 21/07/2025 às 11:30hs
A TF Agroeconômica reforça que o mês de julho segue sendo historicamente o mais desfavorável para a comercialização do milho no Brasil. A orientação da consultoria é clara: salvo em casos de extrema necessidade — como o pagamento de dívidas —, os produtores devem evitar vender neste período.
Para quem precisa realizar vendas agora, a recomendação é usar a receita obtida com o milho físico para investir em contratos futuros de compra na B3. Essa estratégia visa mitigar perdas, considerando a tendência de alta nos preços à medida que os estoques se reduzem nos próximos meses.
A TF Agroeconômica destaca três fatores que podem impulsionar os preços do milho nos próximos dias:
Por outro lado, o aumento das tarifas dos EUA sobre produtos canadenses, como o etanol — que responde por 35% das exportações americanas e consome até 37% da produção de milho para ração — pode gerar retaliações e pressionar a demanda pelo cereal.
Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros de milho operavam em campo misto nesta segunda-feira (21). Por volta das 10h14, os preços variavam entre R$ 65,48 e R$ 74,21:
No mercado internacional, os preços também abriram em queda na Bolsa de Chicago (CBOT):
Segundo o Farm Futures, o mercado aguarda o relatório do USDA com atualização sobre o desenvolvimento e a qualidade das lavouras norte-americanas.
Apesar da cautela no início da nova semana, o milho fechou a semana passada com valorização tanto na B3 quanto em Chicago. O movimento foi impulsionado por fatores como:
Mesmo com a valorização recente, o mercado internacional segue pressionado por incertezas. Um ponto de atenção é a campanha de grandes empresas para substituir o xarope de milho por açúcar de cana, o que pode afetar significativamente o setor.
De acordo com a Associação de Refinadores de Milho, essa mudança poderia impactar a receita agrícola em até US$ 5,1 bilhões, caso ganhe escala.
Com um cenário ainda volátil, marcado por riscos climáticos nos EUA, oscilações cambiais e tensões comerciais, especialistas recomendam que os produtores brasileiros adotem uma postura estratégica, evitando vendas imediatas e monitorando o mercado para aproveitar melhores oportunidades de preço nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
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