Publicado em: 25/07/2025 às 11:30hs
O mercado do milho segue enfrentando um cenário marcado por baixa liquidez e divergência entre os preços pedidos pelos produtores e as ofertas feitas pelas indústrias, especialmente nas regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil. Enquanto isso, os contratos futuros operam em alta na Bolsa Brasileira (B3), impulsionados pelo atraso na colheita e pela dificuldade na originação de volumes para exportação.
De acordo com a TF Agroeconômica, mesmo com o avanço da colheita, a oferta interna no Rio Grande do Sul segue limitada, pois muitos produtores têm evitado fechar negócios. Para o mês de agosto, compradores têm indicado valores entre R$ 66,00 e R$ 70,00 por saca, mas os preços atuais seguem abaixo dessas expectativas:
O mercado catarinense continua enfrentando o descompasso entre os preços pedidos pelos produtores e as ofertas da indústria. Os dados mostram:
Mesmo com boas expectativas para a colheita, o mercado do milho no Paraná continua travado. A liquidez é extremamente baixa, e o impasse entre produtores e compradores permanece:
No Mato Grosso do Sul, o mercado de milho também está paralisado. Apesar de algumas praças apresentarem alta nos preços, a movimentação segue tímida:
No exterior, os preços futuros do milho iniciaram a sexta-feira (25) em queda na Bolsa de Chicago (CBOT), com os investidores atentos ao clima favorável no cinturão agrícola dos EUA. Segundo o analista Bruce Blythe, do site Farm Futures, o mercado não sustentou a alta da semana anterior, mesmo com fortes vendas de exportação e acordos comerciais dos EUA com Japão, Indonésia e Filipinas.
Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros do milho operam em alta nesta sexta-feira, influenciados pela lentidão da colheita e pela dificuldade na originação do cereal para exportação. Os dados da TF Agroeconômica destacam que, apesar da maior competitividade do milho americano, o cenário doméstico pressiona os preços para cima.
Cotações na B3 às 10h07 (horário de Brasília):
Na quinta-feira (24), o contrato de setembro/25 havia fechado a R$ 65,28, acumulando alta de R$ 1,83 na semana. O contrato de novembro/25 subiu para R$ 68,21, com avanço semanal de R$ 1,24. O janeiro/26 teve leve queda no dia (R$ 72,04), mas ainda registra ganho de R$ 0,74 na semana.
Apesar da abertura negativa nesta sexta, os contratos do milho em Chicago encerraram a quinta-feira em alta, puxados por demanda mais aquecida pelo cereal americano. Destaque para as vendas da safra velha, que mais que dobraram em relação à semana anterior, somando 419 mil toneladas extras.
Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de milho atingiu 84% da área apta, com avanço de 5,1 pontos percentuais em sete dias.
Fonte: Portal do Agronegócio
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