Publicado em: 19/11/2025 às 11:30hs
O mercado de milho no Brasil mantém ritmo lento e baixa liquidez, segundo levantamento da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, os preços variam entre R$ 59,00 e R$ 72,00 por saca, com a média estadual ligeiramente em alta, de R$ 62,31 para R$ 62,52, refletindo um ajuste de apenas 0,34%. Apesar disso, a demanda segue fraca e o mercado físico continua travado. No porto, o contrato futuro para fevereiro de 2026 se mantém estável em R$ 69,00/saca.
Em Santa Catarina, com o plantio quase concluído, os preços pedidos pelos produtores se mantêm em torno de R$ 80,00/saca, enquanto as ofertas giram em torno de R$ 70,00/saca, impedindo qualquer aproximação e deixando o mercado spot praticamente estagnado. No Planalto Norte, os negócios são pontuais, entre R$ 71,00 e R$ 75,00/saca, sem avanços significativos.
No Paraná, a nova safra apresenta bom avanço e potencial produtivo, mas a diferença entre preços pedidos (R$ 75,00/saca) e ofertas (R$ 70,00 CIF) continua sendo o principal obstáculo para a retomada das negociações no mercado físico.
Em Mato Grosso do Sul, a demanda industrial ajuda a amortecer a pressão de baixa. As referências permanecem estáveis, entre R$ 51,00 e R$ 54,00/saca, com Maracaju mantendo as maiores cotações e Chapadão do Sul registrando altas pontuais durante a semana. A demanda externa ainda é fraca, mantendo o ritmo das negociações moderado.
Na B3, os contratos futuros do milho também refletem baixa liquidez e movimentação reduzida. Segundo a TF Agroeconômica, os ajustes diários foram discretos, influenciados pela estabilidade do mercado em Chicago e pelo recuo do dólar.
Os principais vencimentos fecharam da seguinte forma:
O Cepea reforça que a liquidez reduzida no mercado físico, com vendedores afastados e compradores operando em volumes pequenos, limita o avanço das negociações.
No exterior, o milho em Chicago apresentou comportamento misto, após ajustes técnicos na sequência de alta do pregão anterior. O contrato de dezembro subiu 0,46%, para 436,75 cents por bushel, enquanto março avançou 0,33%, para 449,50 cents por bushel.
O mercado permanece atento à oferta volumosa da safra recorde nos EUA, equilibrada por uma demanda firme. A venda recente de 70 mil toneladas para a Coreia do Sul e a redução das importações da União Europeia são fatores que podem influenciar o humor das próximas sessões.
Fonte: Portal do Agronegócio
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