Publicado em: 09/10/2025 às 11:20hs
O mercado de milho brasileiro permanece com pouca movimentação, refletindo um cenário de baixa liquidez e divergência entre compradores e vendedores. Segundo análise da TF Agroeconômica, os negócios seguem praticamente paralisados em diferentes estados, com as cotações variando conforme as regiões, mas sem avanços significativos nas tratativas.
No Rio Grande do Sul, as indicações de compra permanecem estáveis, entre R$ 67,00 e R$ 70,00 por saca, enquanto os produtores pedem de R$ 70,00 a R$ 72,00 para entrega em setembro. No porto, o preço futuro está em R$ 69,00 por saca para fevereiro de 2026, evidenciando uma postura cautelosa de ambos os lados.
Em Santa Catarina, a situação é semelhante. O mercado segue travado, com produtores mantendo pedidas próximas de R$ 80,00 por saca, enquanto as indústrias oferecem no máximo R$ 70,00. No Planalto Norte, os valores negociados variam entre R$ 71,00 e R$ 75,00 por saca, mas sem avanços, o que mantém a liquidez praticamente estagnada.
No Paraná, a diferença entre pedidas e ofertas também limita as negociações. Os produtores pedem cerca de R$ 75,00 por saca, enquanto as indústrias mantêm ofertas próximas de R$ 70,00 (CIF). Mesmo com boa disponibilidade de grãos, o mercado spot permanece parado, com compradores resistentes em elevar as propostas.
Já no Mato Grosso do Sul, o cenário é de baixa liquidez e negociações pontuais. As cotações variam entre R$ 48,00 e R$ 53,00 por saca, com Dourados apresentando os maiores valores. Apesar de pequenos ajustes, o mercado segue estável, com produtores limitando a oferta e compradores adotando postura cautelosa, priorizando contratos já firmados.
Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros do milho abriram o pregão desta quinta-feira (9) com leves ganhos. Por volta das 9h21 (horário de Brasília), os principais vencimentos operavam entre R$ 66,78 e R$ 71,66 por saca.
O contrato novembro/25 registrava alta de 0,27%, sendo cotado a R$ 66,78. O vencimento janeiro/26 subia 0,19%, a R$ 68,89, enquanto o março/26 apresentava valorização de 0,29%, chegando a R$ 71,66.
Apesar da leve recuperação, os analistas destacam que o volume de negócios ainda é reduzido, refletindo o mesmo impasse observado no mercado físico.
No mercado internacional, as cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) abriram o pregão com pequenas variações negativas. Por volta das 9h14 (horário de Brasília), o contrato dezembro/25 era cotado a US$ 4,21 por bushel, com queda de 0,25 ponto. Já os vencimentos março/26 e maio/26 recuavam 0,50 ponto, enquanto julho/26 tinha perda de 0,75 ponto, sendo negociado a US$ 4,51.
Segundo informações do portal Successful Farming, o mercado segue pressionado pela ausência de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O analista Tony Dreibus destacou que, até o momento, a China não realizou compras da nova safra norte-americana, o que gera preocupação entre produtores e investidores.
O presidente norte-americano Donald Trump afirmou que deve se reunir com o líder chinês Xi Jinping ainda neste mês, durante um fórum econômico internacional. O resultado desse encontro poderá definir os rumos do comércio agrícola entre as duas maiores economias do mundo e influenciar diretamente o comportamento dos preços nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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