Publicado em: 10/12/2025 às 11:40hs
O mercado de milho no Brasil continua com baixa movimentação e negociações limitadas. De acordo com a TF Agroeconômica, os preços seguem pressionados pela falta de consenso entre produtores e indústrias, o que tem mantido o ritmo lento nas principais praças.
Segundo a TF, o mercado interno permanece cauteloso, com produtores concentrados no plantio da nova safra e atentos ao comportamento climático, o que adiciona um prêmio de risco à safrinha de 2026.
Na Bolsa Brasileira de Mercadorias (B3), os preços futuros do milho iniciaram a quarta-feira (10) em queda. As principais cotações variavam entre R$ 71,11 e R$ 76,37 por volta das 10h07 (horário de Brasília).
No mercado internacional, os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) também recuaram.
Segundo o portal Successful Farming, a pressão veio após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevar sua estimativa de produção global de soja e diante das preocupações com o ritmo de compras da China.
O relatório de dezembro do USDA trouxe mudanças relevantes para a safra 2025/26. O órgão revisou para cima as exportações de milho dos Estados Unidos, que devem atingir 3,2 bilhões de bushels, refletindo forte demanda externa e interna, especialmente pelo setor de etanol.
Com isso, os estoques finais caíram 3,17 milhões de toneladas, chegando a 50,84 milhões, enquanto o preço médio pago aos produtores permaneceu em US$ 4,00 por bushel.
No cenário global, a produção de grãos grossos foi revisada para 1,576 bilhão de toneladas. O USDA reduziu a oferta de milho em Ucrânia, Canadá, Nigéria, Indonésia e Senegal, mas registrou aumento na União Europeia, Rússia e Zimbábue.
A queda mais expressiva ocorreu na Ucrânia, afetada por excesso de chuvas durante a colheita. Já na UE, países como Espanha, Hungria, Romênia e Polônia apresentaram recuperação. No Canadá, novos dados oficiais indicaram cortes adicionais.
Os estoques globais de milho foram estimados em 279,2 milhões de toneladas, 2,2 milhões abaixo da projeção anterior. O relatório ainda apontou que, apesar da redução de oferta, a demanda internacional segue firme, sustentando os preços nas bolsas.
Na terça-feira (9), o mercado de milho apresentou avanços pontuais na B3, impulsionado pela alta do dólar e pela valorização em Chicago após a divulgação do relatório do USDA.
Nos portos, os preços se mantêm firmes diante da oferta ajustada, enquanto produtores seguem segurando vendas à espera de novas valorizações. O comportamento climático e o ritmo de plantio ainda são fatores determinantes para as próximas movimentações de preços no país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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