Milho e Sorgo

Mercado de milho: preços seguem voláteis no Brasil enquanto Chicago registra alta, cenário é de cautela e desafios

Mercado brasileiro de milho apresenta liquidez reduzida


Publicado em: 12/12/2025 às 11:30hs

Mercado de milho: preços seguem voláteis no Brasil enquanto Chicago registra alta, cenário é de cautela e desafios
Foto: CNA

O mercado de milho no Brasil continua enfrentando desafios, com baixa liquidez em várias regiões produtoras. Segundo a TF Agroeconômica, o Paraná segue com negociações estagnadas, onde os produtores ainda buscam preços em torno de R$ 75,00/saca, enquanto as indústrias oferecem cerca de R$ 70,00/saca CIF, o que mantém o impasse. Esse descompasso nos preços tem dificultado a movimentação do mercado, que segue sem evolução significativa.

Em Santa Catarina, a divergência de preços entre produtores e indústrias também impede avanços nas negociações. As ofertas variam entre R$ 70,00/saca e R$ 80,00/saca, mas a falta de consenso impede novos negócios. No Planalto Norte, os negócios ocorrem a preços entre R$ 71,00 e R$ 75,00/saca, mas continuam esparsos, o que limita a liquidez da região.

No Rio Grande do Sul, o mercado também continua pouco dinâmico, com preços variando entre R$ 58,00 e R$ 75,00/saca. A média estadual recuou para R$ 62,17, refletindo uma queda de 0,81%. A falta de estímulos no mercado mantém o spot com baixa liquidez, dificultando qualquer reação significativa.

Já no Mato Grosso do Sul, a liquidez permanece limitada, com Chapadão do Sul apresentando algum avanço, enquanto Maracaju segue com preços elevados. Em Sidrolândia e Campo Grande, a estabilidade prevalece, sem grandes alterações nas cotações.

Em Goiás, o mercado segue em baixa liquidez, embora tenha registrado pequenas altas nesta semana. As referências de preços agora variam entre R$ 57,00 e R$ 59,00/saca, com Rio Verde recuperando-se após uma queda anterior, retomando a liderança no estado.

Preços futuros do milho recuam no Brasil

Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros do milho iniciaram a sexta-feira (12) com leves quedas. Por volta das 10h, os preços oscilavam entre R$ 70,51 e R$ 74,90. O contrato para janeiro/26 foi cotado a R$ 72,10, com queda de 0,28%, enquanto o contrato para março/26 foi negociado a R$ 74,90, apresentando baixa de 0,31%. O contrato maio/26 ficou em R$ 74,16, com desvalorização de 0,22%, e o contrato de julho/26 foi cotado a R$ 70,51, com queda de 0,34%.

Mercado externo de milho: Chicago registra alta

Em contraste com o mercado brasileiro, os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) subiram nesta sexta-feira. O contrato dezembro/25 foi cotado a US$ 4,36, apresentando alta de 0,75 ponto. Já o março/26 foi negociado a US$ 4,44, com perda de 2 pontos, e o maio/26 ficou em US$ 4,52, com baixa de 2 pontos. O julho/26 foi cotado a US$ 4,58, com queda de 1,50 ponto.

Segundo o site Successful Farming, o movimento de queda nos preços de Chicago foi impulsionado por preocupações com o ritmo lento das compras por parte da China, além das condições climáticas favoráveis no Brasil. A pressão no mercado de milho se intensificou devido a esses fatores, que têm gerado incertezas quanto à demanda externa.

Mercado brasileiro ajusta-se após chuvas e alta do dólar

Na B3, os preços futuros do milho registraram quedas devido ao ajuste climático e ao impacto de variáveis cambiais. A chegada das chuvas reduziu o prêmio de risco climático, que vinha sustentando os preços mais elevados. Contudo, a atenção ao atraso no plantio da soja e o impacto nas janelas de cultivo do milho safrinha continuam a ser fatores a serem monitorados.

A valorização do dólar também pressionou o mercado físico no interior do Brasil, com a moeda americana acima de R$ 5,40, beneficiando as ofertas nos portos. Apesar disso, o mercado interno permanece em um cenário de ajuste cauteloso.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias
/* */ --