Publicado em: 08/05/2025 às 11:13hs
Enquanto em algumas localidades o mercado segue estável, em outras, a pressão da oferta e as condições climáticas causam quedas nos preços. Além disso, a dinâmica na Bolsa de Chicago também exerce influência sobre os preços internos, refletindo o andamento das safras e o cenário internacional.
No Paraná, o mercado de milho segue entre estabilidade e pequenas quedas. Nos Campos Gerais, a saca de milho disponível para pronta entrega continua cotada em torno de R$ 76,00 FOB, embora alguns vendedores testem valores próximos de R$ 80,00. Para entregas programadas para junho, com pagamento no final do mês, as negociações giram em torno de R$ 73,00 CIF indústria, mantendo um panorama relativamente estável.
No Rio Grande do Sul, o cenário é mais pressionado devido a vendas intensas a cooperativas, que estão impactando os preços. Segundo a TF Agroeconômica, as negociações estão travadas, com os compradores tentando alinhar os preços à paridade de exportação, mas enfrentando resistência dos vendedores. Para maio, as cotações variam entre R$ 70,00 e R$ 74,00 por saca, dependendo da localidade. As referências específicas são R$ 69,00 em Santa Rosa e Ijuí, R$ 70,00 em Não-Me-Toque, Marau, Gaurama e Seberi, e R$ 72,00 em Montenegro.
Em Santa Catarina, o mercado de milho permanece lento, com os produtores ainda concentrados na colheita da soja, o que limita a oferta de milho para negociação. As cooperativas locais estão mantendo valores entre R$ 69,00 e R$ 71,00, dependendo da região, com destaque para a cotação de R$ 72,00 para entregas em agosto e R$ 73,00 para entregas em outubro.
O cenário é ainda mais desafiador em Mato Grosso do Sul, onde os preços do milho sofreram queda acentuada, especialmente em Dourados. Em diversas praças, a saca foi negociada a preços entre R$ 56,00 e R$ 60,00. Em locais como Chapadão do Sul e São Gabriel do Oeste, o milho foi negociado a R$ 56,00, enquanto em Maracaju o preço chegou a R$ 59,00. O mercado segue com um compasso de espera, aguardando o avanço da colheita da segunda safra, que deve ganhar ritmo nas próximas semanas.
O mercado de milho no Brasil também sente os efeitos das flutuações na Bolsa de Chicago. As cotações de milho na B3 acompanharam as quedas registradas em Chicago, devido à pressão sazonal da colheita da safrinha. Na última sessão, as cotações futuras do milho fecharam em baixa, com destaque para os contratos de julho/25 e setembro/25, que apresentaram queda de R$ 0,34 e R$ 0,46, respectivamente.
Na Bolsa de Chicago, o milho também fechou em baixa, com a cotação de julho apresentando uma queda de -1,32%, a US$ 449,50 por bushel. A evolução das safras nos EUA e no Brasil está impactando as cotações, com o mercado se preparando para uma boa disponibilidade de milho nos próximos meses. A demanda segue aquecida, e o mercado aguarda o relatório de oferta e demanda de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que deve reduzir os estoques finais de milho.
O mercado de milho, tanto no Brasil quanto no exterior, continua sendo pressionado pela evolução das safras e pelas condições climáticas. O foco agora se volta para o andamento da colheita da safrinha brasileira, que deve influenciar os preços nas próximas semanas, além do impacto das decisões do USDA no mercado global. O cenário de incerteza continua a determinar as movimentações do mercado, com produtores ajustando suas expectativas conforme o andamento das negociações e da oferta no mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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