Milho e Sorgo

Mercado de Milho no Brasil Segue com Preços Firmes e Oferta Restrita

Demanda aquecida e controle da oferta sustentam preços em meio à volatilidade global


Publicado em: 05/11/2024 às 10:55hs

Mercado de Milho no Brasil Segue com Preços Firmes e Oferta Restrita

O mercado brasileiro de milho apresenta continuidade na firmeza dos preços nesta terça-feira, impulsionado pela oferta restrita por parte dos produtores, que, por sua vez, se contrapõe a uma demanda aquecida. Esse cenário tem equilibrado o ritmo dos negócios no país. No exterior, a Bolsa de Chicago opera de forma volátil, sem uma tendência definida, enquanto o dólar apresenta leve valorização frente ao real.

Na abertura da semana, as cotações de milho mantiveram-se estáveis em função do controle da oferta. Na segunda-feira, o volume de comercialização foi moderado. No Porto de Santos, o preço variou entre R$ 73,00 e R$ 76,00 por saca (CIF), enquanto no Porto de Paranaguá a faixa foi de R$ 72,50 a R$ 74,00.

Outras regiões também apresentaram estabilidade: no Paraná, o milho foi negociado entre R$ 68,00 e R$ 70,00 em Cascavel; em São Paulo, entre R$ 73,00 e R$ 76,00 na região da Mogiana e entre R$ 76,00 e R$ 78,00 CIF em Campinas. No Rio Grande do Sul, Erechim registrou cotações de R$ 73,00 a R$ 76,00, enquanto Minas Gerais e Goiás apresentaram preços de R$ 65,00 a R$ 67,00 em Uberlândia e R$ 64,00 a R$ 66,00 em Rio Verde, respectivamente. Em Rondonópolis, Mato Grosso, os valores oscilaram entre R$ 62,00 e R$ 65,00 por saca.

Mercado Internacional e Eleições nos EUA

Nos mercados internacionais, o contrato de milho para dezembro na Bolsa de Chicago (CBOT) foi cotado a US$ 4,17 1/4 por bushel, com alta de 0,18% (0,75 centavo). O grão se beneficia de uma demanda aquecida nos Estados Unidos, além da influência positiva do desempenho do petróleo em Nova York e da queda do dólar frente a outras moedas.

Os traders acompanham com atenção a eleição presidencial dos Estados Unidos, agendada para esta terça-feira (5), considerando o potencial impacto das tarifas agrícolas propostas pelo então presidente Donald Trump, caso sejam implementadas. Além disso, o mercado aguarda o relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para divulgação na próxima sexta-feira (8).

Em contrapartida, a colheita do milho nos Estados Unidos segue pressionando os preços. Até 3 de novembro, 91% da área de milho havia sido colhida, segundo o USDA, avançando sobre os 81% da semana anterior e superando a média dos últimos cinco anos, que é de 75%.

Na segunda-feira (4), os contratos de dezembro de 2024 fecharam com alta de 2,00 centavos, a US$ 4,16 1/2 por bushel, enquanto os contratos para março de 2025 registraram ganho de 0,75 centavo, alcançando US$ 4,30 por bushel.

Câmbio e Indicadores Financeiros

No câmbio, o dólar comercial opera em alta de 0,16%, cotado a R$ 5,7927, enquanto o Dollar Index recua 0,17%, situando-se em 103,71 pontos.

Nos mercados asiáticos, as principais bolsas encerraram em alta, com Xangai subindo 2,32% e o Japão, 1,11%. Na Europa, os índices operam de forma mista: Paris registra queda de 0,34%, enquanto Frankfurt e Londres sobem 0,06% e 0,02%, respectivamente. O preço do petróleo WTI para dezembro opera em alta de 0,48%, cotado a US$ 71,82 o barril em Nova York.

Fonte: Portal do Agronegócio

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