Milho e Sorgo

Mercado de milho no Brasil segue calmo e preços registram leve alta nesta semana

Negócios internos permanecem contidos


Publicado em: 17/10/2025 às 19:00hs

Mercado de milho no Brasil segue calmo e preços registram leve alta nesta semana

O mercado brasileiro de milho continuou com baixo dinamismo na última semana. Produtores mantêm uma postura cautelosa, segurando vendas na expectativa de melhores preços, enquanto os compradores adquirem lotes apenas para atender demandas pontuais, resultando em variações reduzidas nas cotações, segundo a Safras Consultoria.

Entre os fatores que influenciam o mercado estão a volatilidade cambial, as condições climáticas, o andamento do plantio da safra de verão, o comportamento dos futuros do milho e a paridade de exportação. Para os próximos sete dias, há expectativa de chuvas no Centro-Sul, que podem beneficiar o desenvolvimento das lavouras já plantadas, mas podem atrasar algumas atividades no campo.

Preços internos apresentam pequenas alterações

Na média nacional, a saca de milho foi cotada a R$ 63,49 em 16 de outubro, leve alta de 0,03% em relação à semana anterior (R$ 63,47). No mercado disponível ao produtor, os preços regionais apresentaram pequenas variações:

  • Cascavel/PR: R$ 60,00 (-1,64%)
  • Campinas/CIF/SP: R$ 67,50 (-0,74%)
  • Mogiana/SP: R$ 65,00 (estável)
  • Rondonópolis/MT: R$ 61,00 (estável)
  • Erechim/RS: R$ 72,00 (estável)
  • Uberlândia/MG: R$ 60,00 (estável)
  • Rio Verde/GO: R$ 58,00 (estável)

O cenário indica mercado interno estável, com produtores e compradores mantendo cautela diante das incertezas climáticas e cambiais.

Exportações registram crescimento em outubro

No comércio exterior, o milho brasileiro alcançou receita de US$ 549,573 milhões em outubro até o momento (8 dias úteis), com média diária de US$ 68,696 milhões. O volume total exportado atingiu 2,609 milhões de toneladas, média de 326,055 mil toneladas por dia, e o preço médio da tonelada ficou em US$ 210,70.

Na comparação com outubro de 2024, houve:

  • Alta de 18,5% no valor médio diário de exportação
  • Ganho de 12% na quantidade média diária exportada
  • Valorização de 5,8% no preço médio da tonelada

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), indicando forte demanda externa, mesmo com a movimentação interna contida.

Mercado global e fatores externos

No cenário internacional, a ausência de informações recentes dos Estados Unidos, devido à paralisação do governo, tem dificultado a formação de preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Além disso, os investidores seguem atentos às tensões comerciais entre China e Estados Unidos, que podem impactar o comércio global do cereal.

Fonte: Portal do Agronegócio

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