Milho e Sorgo

Mercado de Milho no Brasil Inicia a Semana com Negócios Desacelerados

Recuo no dólar e queda nas cotações em Chicago influenciam cenário nacional


Publicado em: 12/08/2024 às 11:10hs

Mercado de Milho no Brasil Inicia a Semana com Negócios Desacelerados

O mercado brasileiro de milho começa a semana com uma tímida movimentação nos negócios, refletindo a postura cautelosa dos agentes do setor. A retração nas negociações é motivada pela queda nos principais indicadores de preços, com destaque para a desvalorização do dólar frente ao real e a baixa nas cotações na Bolsa de Mercadorias de Chicago.

Nas principais praças do país, os preços do milho permaneceram sob pressão, com os compradores forçando uma redução mais acentuada nas cotações, especialmente nos portos. De acordo com a Consultoria Safras & Mercado, a situação refletiu diretamente nos preços de referência.

Nos portos, as cotações foram as seguintes: em Santos, os preços oscilaram entre R$ 60,60 e R$ 64,50 por saca (CIF); enquanto em Paranaguá, ficaram entre R$ 60,50 e R$ 64,50 por saca.

Nas principais regiões produtoras, os preços também variaram. No Paraná, em Cascavel, o milho foi cotado entre R$ 56,00 e R$ 58,00 por saca. Em São Paulo, na região da Mogiana, os valores ficaram entre R$ 54,00 e R$ 56,00 por saca, enquanto em Campinas (CIF) foram registrados preços entre R$ 61,50 e R$ 62,50 por saca. No Rio Grande do Sul, em Erechim, a saca foi comercializada entre R$ 64,50 e R$ 66,00. Em Minas Gerais, em Uberlândia, os preços oscilaram entre R$ 54,00 e R$ 55,00 por saca. Em Goiás, em Rio Verde (CIF), os valores ficaram entre R$ 48,80 e R$ 50,00 por saca. Já no Mato Grosso, em Rondonópolis, as cotações variaram entre R$ 44,00 e R$ 46,00 por saca.

Cenário Internacional

No mercado internacional, os contratos futuros de milho com entrega em dezembro registraram uma leve queda, cotados a US$ 3,95 ¼ por bushel, representando um recuo de 1,75 centavo de dólar, ou 0,44%, em relação ao fechamento anterior. Este movimento marca a quinta sessão consecutiva de queda para o cereal, que continua pressionado pelas expectativas de uma maior oferta nos Estados Unidos.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) está programado para divulgar dados atualizados de oferta e demanda para as temporadas 2023/24 e 2024/25. Analistas consultados por agências internacionais preveem uma produção de 15,112 bilhões de bushels de milho para 2024/25, ligeiramente acima da estimativa anterior de 15,1 bilhões de bushels e abaixo do volume produzido na safra 2023/24, que foi de 15,342 bilhões de bushels.

A produtividade média nos Estados Unidos deve ser apontada em 181,1 bushels por acre, superando os 181 bushels indicados no mês anterior e os 177,3 bushels por acre obtidos na safra 2023/24. Os estoques finais de passagem da safra 2024/25 norte-americana estão estimados em 2,092 bilhões de bushels, levemente abaixo dos 2,097 bilhões de bushels indicados em julho. Para a safra 2023/24, os estoques devem ser ajustados de 1,877 bilhão para 1,882 bilhão de bushels.

Globalmente, a expectativa é que os estoques finais da safra 2024/25 sejam apontados em 311,5 milhões de toneladas, uma pequena redução em relação aos 311,6 milhões de toneladas previstos no relatório anterior. Para a safra mundial 2023/24, a previsão é de 309,7 milhões de toneladas, um ajuste em relação aos 309,1 milhões indicados em julho.

Cenário Cambial e Financeiro

O dólar comercial operava em baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,5028, enquanto o índice dólar (DXY) registrava uma leve valorização de 0,08%, a 103,22 pontos.

Nos mercados financeiros, as principais bolsas da Ásia encerraram em queda, com Xangai recuando 0,14% e Tóquio fechado devido a um feriado. Na Europa, os índices mostraram comportamento misto: Paris caiu 0,11%, enquanto Frankfurt subiu 0,18% e Londres avançou 0,35%. O mercado de petróleo também registrou alta, com o barril de WTI para setembro valorizando-se 1,28%, cotado a US$ 77,83.

Fonte: Portal do Agronegócio

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