Milho e Sorgo

Mercado de Milho no Brasil: Comercialização Lenta e Preços em Queda, Mas Expectativas de Exportação Permanece Positiva

O mercado de milho brasileiro registrou uma semana de baixa movimentação, com preços em queda e consumidores distantes dos negócios, aguardando oportunidades de preços mais baixos. Enquanto isso, produtores estão avançando na fixação de suas ofertas. Fatores climáticos, o comportamento do dólar e as expectativas sobre a safra 2025/26 nos Estados Unidos continuam a influenciar o cenário do cereal. Confira os principais destaques da semana


Publicado em: 09/05/2025 às 19:40hs

Mercado de Milho no Brasil: Comercialização Lenta e Preços em Queda, Mas Expectativas de Exportação Permanece Positiva
Comercialização Lenta e Postura Retraída dos Consumidores

O mercado de milho no Brasil tem enfrentado uma comercialização lenta, com preços em retração. De acordo com a Safras Consultoria, consumidores permanecem com uma postura retraída nas negociações, buscando preços mais baixos e demonstrando segurança em relação ao abastecimento do mercado. Os produtores, por sua vez, estão avançando na fixação de sua oferta de milho, aproveitando o momento de oferta disponível.

Fatores que Impactam o Mercado de Milho

Diversos fatores influenciam o mercado, como as condições climáticas no Brasil e nos Estados Unidos, o comportamento do dólar e os preços futuros do milho, que refletem a paridade de exportação. O relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para ser divulgado na próxima segunda-feira (12), com os primeiros números para a safra 2025/26, também é aguardado com grande atenção pelos agentes do mercado.

Desempenho Internacional e Expectativa de Aumento na Safra dos EUA

No cenário internacional, a Bolsa de Chicago teve uma semana negativa, refletindo o bom andamento do plantio de milho nos Estados Unidos, que registram expectativas de aumento na área plantada em comparação à safra 2024/25. Apesar disso, sinais de uma demanda aquecida para o milho norte-americano ajudaram a limitar a queda maior nas cotações internacionais.

Queda nos Preços Internos do Milho no Brasil

Os preços internos do milho no Brasil apresentaram queda em diversas regiões. No dia 7 de maio, o valor médio da saca foi cotado a R$ 72,83, o que representa uma redução de 3,58% em comparação aos R$ 75,54 registrados na semana anterior. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 69,00, uma queda de 4,17% frente aos R$ 72,00 da última semana.

Em Campinas (CIF), o valor da saca recuou 4,27%, de R$ 82,00 para R$ 78,50. Na região da Mogiana paulista, a queda foi de 1,32%, com o preço passando de R$ 76,00 para R$ 75,00. Já em Rondonópolis, Mato Grosso, o preço da saca foi cotado a R$ 64,00, uma retração de 8,57% frente aos R$ 70,00 da semana passada. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço ficou em R$ 72,00, com uma diminuição de 2,7% em relação aos R$ 74,00 registrados anteriormente.

Além disso, em Uberlândia, Minas Gerais, o preço da saca caiu 3,85%, de R$ 78,00 para R$ 75,00, e em Rio Verde, Goiás, a saca registrou queda de 3,95%, de R$ 76,00 para R$ 73,00.

Desempenho das Exportações de Milho

As exportações de milho do Brasil apresentaram números positivos em abril, com uma receita de US$ 48,919 milhões, gerando uma média diária de US$ 2,446 milhões. A quantidade total de milho exportado foi de 178,357 mil toneladas, com uma média de 8,917 mil toneladas por dia. O preço médio da tonelada ficou em US$ 274,30.

Em comparação com o mesmo período de 2024, houve um aumento de 105,5% no valor médio diário da exportação, uma alta de 169,7% na quantidade média diária exportada, embora o preço médio tenha registrado uma queda de 23,8%.

O mercado de milho brasileiro enfrenta uma fase de cautela, com consumidores adotando uma postura mais avessa aos negócios e preços em queda. Apesar disso, o bom desempenho nas exportações e as perspectivas para a safra 2025/26 nos Estados Unidos continuam a trazer otimismo ao setor. O acompanhamento do clima e dos fatores internacionais será crucial para o comportamento futuro do mercado.

Fonte: Portal do Agronegócio

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