Publicado em: 01/10/2024 às 11:10hs
O mercado brasileiro de milho inicia a semana com expectativa de firmeza nos preços. A ausência de uma oferta excessiva, aliada ao recente avanço expressivo das cotações na Bolsa de Chicago, contribui para manter as cotações sustentadas. Fatores como a desvalorização do dólar frente ao real e o clima seco em diversas regiões do Brasil também seguem sob análise dos agentes do setor.
As condições climáticas adversas, especialmente o clima seco previsto para boa parte do país ao longo da semana, somadas à queda no dólar e à leve baixa nos futuros de milho em Chicago, trazem certa lentidão nas negociações. Ainda assim, o mercado deve seguir com preços firmes.
Na segunda-feira, o mercado de milho no Brasil manteve preços estáveis, conforme apontado por Paulo Molinari, consultor da Safras & Mercado. Mesmo sem excesso de ofertas, o início da semana foi marcado por um ritmo mais lento de comercialização.
Nos portos, as cotações seguiram firmes: no Porto de Santos, os valores ficaram entre R$ 68,00 e R$ 70,00 por saca (CIF), enquanto no Porto de Paranaguá, as cotações variaram de R$ 64,50 a R$ 68,00 por saca.
Em outras regiões, o cenário de preços também se manteve estável. No Paraná, os valores oscilaram entre R$ 60,00 e R$ 62,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, na região da Mogiana, os preços foram de R$ 63,00 a R$ 65,00 por saca, e em Campinas (CIF), os valores atingiram de R$ 67,00 a R$ 70,00. Já no Rio Grande do Sul, em Erechim, as cotações variaram entre R$ 68,00 e R$ 70,00 por saca, enquanto em Minas Gerais, na cidade de Uberlândia, os preços estiveram entre R$ 63,00 e R$ 65,00. Em Goiás, o milho foi negociado por R$ 56,00 a R$ 58,00 em Rio Verde (CIF), e no Mato Grosso, os valores ficaram entre R$ 55,00 e R$ 58,00 em Rondonópolis.
Em Chicago, os contratos futuros de milho com vencimento em dezembro operaram cotados a US$ 4,23 1/2 por bushel, uma queda de 1,25 centavos de dólar (0,29%) em relação ao fechamento anterior. Essa leve correção ocorre após a forte alta do pregão anterior, que marcou o maior patamar dos últimos três meses. O recuo é influenciado pelo avanço da colheita de milho nos Estados Unidos, que deve alcançar a segunda maior safra da história, pela valorização do dólar frente a outras moedas e pela queda nos preços do petróleo em Nova York.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até 29 de setembro, 21% das lavouras de milho já haviam sido colhidas, contra 14% na semana anterior e a média de 18% nos últimos cinco anos. Em relação à qualidade das lavouras, 64% das plantações foram classificadas como boas ou excelentes, 24% em condições regulares e 12% em situação ruim ou muito ruim.
No fechamento de ontem (30), os contratos de milho para dezembro de 2024 registraram alta de 6,75 centavos (1,61%), sendo cotados a US$ 4,24 3/4 por bushel, enquanto os contratos para março de 2025 subiram 6,25 centavos (1,43%), fechando a US$ 4,41 1/4 por bushel.
O dólar comercial opera em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,4336. O índice Dollar Index, que mede a força da moeda americana frente a uma cesta de outras moedas, avançou 0,42%, atingindo 100,80 pontos.
No mercado financeiro internacional, as principais bolsas da Ásia encerraram o pregão em alta, com destaque para o Japão, que subiu 1,93%. Na Europa, os índices também operam em terreno positivo, com Paris registrando alta de 0,11%, Frankfurt com elevação de 0,42% e Londres avançando 0,56%.
O petróleo, por sua vez, opera em baixa, com os contratos para novembro do WTI em Nova York cotados a US$ 67,50 o barril, uma queda de 0,98%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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