Publicado em: 15/08/2024 às 11:00hs
O mercado brasileiro de milho enfrenta uma quinta-feira marcada pela morosidade nas negociações, com agentes econômicos demonstrando retração na comercialização do cereal. Tanto consumidores quanto produtores estão adotando uma postura cautelosa: os compradores realizam aquisições pontuais, enquanto os produtores, por sua vez, mostram pouca disposição em fixar ofertas, especulando com a paridade de exportação.
No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) opera próxima da estabilidade, enquanto o dólar registra uma leve alta frente ao real, o que contribui para a hesitação dos agentes no mercado interno. Na quarta-feira, a lentidão nas negociações já era evidente, conforme análise da Safras Consultoria. Segundo a consultoria, consumidores no interior do país continuam retraídos, adquirindo apenas lotes específicos enquanto aguardam quedas nos preços, acompanhando as recentes desvalorizações dos futuros do milho na CBOT e B3, além das oscilações cambiais. Por outro lado, os produtores seguem fixando poucos lotes, especulando com a evolução das condições de exportação.
Nos portos, as cotações mantiveram-se estáveis: no Porto de Santos, os preços variaram entre R$ 61,50 e R$ 64,50 por saca (CIF), enquanto no Porto de Paranaguá, as cotações ficaram entre R$ 60,50 e R$ 64,50 por saca. Em Cascavel, Paraná, os preços oscilaram entre R$ 56,00 e R$ 58,00 por saca. Na região da Mogiana, em São Paulo, a saca foi cotada entre R$ 53,00 e R$ 55,00, e em Campinas (CIF), os valores variaram de R$ 60,00 a R$ 61,00 por saca.
No Rio Grande do Sul, em Erechim, a saca foi negociada entre R$ 64,50 e R$ 66,00, enquanto em Uberlândia, Minas Gerais, os preços ficaram entre R$ 55,00 e R$ 56,00. Em Rio Verde, Goiás, a saca foi cotada entre R$ 47,00 e R$ 50,00 (CIF), e em Rondonópolis, Mato Grosso, os valores variaram de R$ 44,00 a R$ 46,00 por saca.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros com vencimento em dezembro operam em leve alta, cotados a US$ 4,01 por bushel, um acréscimo de 0,25 centavo de dólar, ou 0,06%, em relação ao fechamento anterior. O mercado se mantém quase estável, refletindo os ganhos do trigo após o ataque da Rússia a um porto ucraniano. Além disso, o milho americano tem se beneficiado da crescente demanda para a produção de etanol e da valorização do petróleo em Nova York.
Os investidores aguardam a divulgação do relatório semanal de exportações de milho dos Estados Unidos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), prevista para as 9h30min desta quinta-feira. As expectativas dos analistas apontam para vendas entre 500 mil e 1,3 milhão de toneladas.
Na quarta-feira, os contratos futuros com entrega em setembro de 2024 encerraram o dia com alta de 3,25 centavos, ou 0,86%, cotados a US$ 3,81 por bushel. Já os contratos com vencimento em dezembro de 2024 fecharam com avanço de 3,50 centavos, ou 0,88%, cotados a US$ 4,00 3/4 por bushel.
O dólar comercial opera com uma leve alta de 0,05%, cotado a R$ 5,4719. Já o índice do dólar (DXY) registra uma desvalorização de 0,01%, situando-se em 102,56 pontos.
No cenário financeiro global, as principais bolsas da Ásia fecharam em alta: Xangai subiu 0,94% e Tóquio 0,78%. Na Europa, os índices também operam de forma positiva, com Paris registrando alta de 0,19%, Frankfurt 0,53%, e Londres 0,15%. O petróleo WTI para setembro, por sua vez, apresenta alta de 1,13%, cotado a US$ 77,85 por barril.
Fonte: Portal do Agronegócio
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