Milho e Sorgo

Mercado de milho mantém baixa liquidez no Sul e registra oscilações na B3 com queda do dólar

Negociações de milho permanecem lentas no Sul do Brasil


Publicado em: 11/11/2025 às 11:30hs

Mercado de milho mantém baixa liquidez no Sul e registra oscilações na B3 com queda do dólar
Foto: CNA

O mercado de milho nas regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil segue sem grandes negociações, com baixa liquidez e preços estáveis, segundo informações da TF Agroeconômica e do Cepea.

  • Rio Grande do Sul: as indicações de compra variam entre R$ 58,00 e R$ 72,00/saca, com média estadual de R$ 62,00. No porto, o milho futuro para fevereiro/2026 é cotado em R$ 69,00/saca. Apesar da leve estabilidade, não há expectativa de recuperação de preços no curto prazo.
  • Santa Catarina: o mercado segue praticamente parado, com pedidas próximas de R$ 80,00/saca e ofertas em torno de R$ 70,00/saca. No Planalto Norte, negócios pontuais variam entre R$ 71,00 e R$ 75,00/saca.
  • Paraná: o final do plantio dita o ritmo do mercado, que está lento devido à falta de consenso entre compradores e vendedores. Os produtores pedem cerca de R$ 75,00/saca, enquanto as indústrias oferecem R$ 70,00 CIF, mantendo o mercado spot praticamente parado.
  • Mato Grosso do Sul: as cotações oscilam entre R$ 51,00 e R$ 54,00/saca, com destaque para Maracaju liderando as referências estaduais e Chapadão do Sul registrando altas pontuais. Apesar disso, a demanda exportadora continua enfraquecida.
Impactos do câmbio e do mercado internacional na B3

Na B3, os contratos futuros de milho mostraram comportamento dividido, influenciados por queda do dólar e pela alta na Bolsa de Chicago.

  • O contrato de novembro de 2025 fechou em R$ 67,76, leve alta de R$ 0,04 no dia.
  • Janeiro de 2026 recuou para R$ 70,72, enquanto março de 2026 encerrou em R$ 72,50.

O Cepea aponta que os preços internos permanecem firmes, com produtores focados na semeadura da safra de verão. Algumas regiões enfrentam preocupação devido às fortes chuvas, e a comercialização segue contida, priorizando contratos já firmados. Compradores relatam estoques suficientes para o curto prazo e realizam apenas aquisições pontuais.

Exportações de milho mostram retração

De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 6,5 milhões de toneladas de milho em outubro, volume 14% menor que setembro, mas 1,5% acima de outubro de 2024. No acumulado do ano, os embarques somam 29,82 milhões de toneladas, queda de 3,2% frente a 2024.

O cenário internacional também influenciou os preços: em Chicago, o milho avançou devido à expectativa de que os Estados Unidos evitem o shutdown, levando fundos de investimento a recompor carteiras. Os contratos de dezembro fecharam a US$ 4,2975 por bushel e de março a US$ 4,4450 por bushel.

Perspectivas para o mercado de milho

O mercado doméstico segue estável, porém com baixa liquidez, refletindo o momento de plantio e as condições climáticas variáveis. No curto prazo, a tendência é de comercialização contida, com produtores aguardando valorização e compradores mantendo estoques estratégicos.

A combinação de cenário interno lento, exportações moderadas e influência do mercado internacional mantém o milho em posição de atenção para produtores, traders e indústrias.

Fonte: Portal do Agronegócio

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