Publicado em: 19/12/2024 às 11:30hs
O mercado de milho no Rio Grande do Sul permanece em ritmo lento, com produtores retraindo as vendas, segundo informações da TF Agroeconômica. As cotações seguem estáveis: Santa Rosa registra R$ 73,00; Não-Me-Toque, R$ 70,00; Marau e Gaurama, R$ 70,00; Arroio do Meio, Lajeado e Frederico Westphalen, R$ 71,00; e Montenegro, R$ 74,00. As pedidas iniciam em R$ 75,00 FOB, mas os produtores estão sem pressa, e não foram registrados negócios significativos no dia.
Em Santa Catarina, os volumes negociados são pontuais, concentrados para entrega em janeiro. Os produtores pedem pelo menos R$ 2,00 acima das ofertas, enquanto os compradores indicam valores a partir de R$ 72,00 no interior e entre R$ 73,00 e R$ 75,00 CIF para fábricas. Negócios a R$ 75,00/76,00 CIF no Meio-Oeste foram reportados para 2 mil toneladas. Nas principais regiões, Chapecó apresenta R$ 74,00; Campos Novos, R$ 75,00; Rio do Sul, R$ 76,00; e Videira, R$ 73,00. O porto opera com indicações de R$ 67,00 para outubro e R$ 69,00 para novembro, enquanto negócios pontuais no Oeste alcançam 1 mil toneladas CIF a R$ 73,00 mais ICMS, com pagamento em 40 dias.
No Paraná, o mercado também apresenta pouco volume. No porto, as indicações subiram para R$ 75,00 em dezembro e R$ 75,50 em janeiro, mas as ofertas permanecem escassas. No interior, Cascavel registra R$ 69,00; Campos Gerais, R$ 72,00; Guarapuava, R$ 71,00; e Londrina, R$ 71,00. Os preços balcão no Sudoeste e Oeste estão em R$ 58,00, e no Norte, R$ 57,00. Os produtores pedem valores mais altos, iniciando em R$ 77,00 no Norte e Oeste, e R$ 79,00 nos Campos Gerais, mas não foram reportados negócios no dia.
Os compradores do interior do Mato Grosso do Sul demonstram tranquilidade nas últimas semanas. O porto de Santos indica R$ 71,00, enquanto Paranaguá chega a R$ 67,00, o que desestimula as vendas para fora do estado. As pedidas dos vendedores estão entre R$ 71,00 e R$ 75,00 para ambos os portos.
Nas regiões de produção, Maracaju apresenta indicações de R$ 53,00 (+R$ 1,00); Dourados, R$ 54,00 (+R$ 1,00); Naviraí, R$ 54,00 (-R$ 1,00); e São Gabriel, R$ 49,00. As ofertas FOB começam em R$ 52,00, com a maioria das pedidas concentradas em R$ 55,00. O ritmo dos negócios permanece lento, com produtores pedindo R$ 58,00 FOB e indicações nos portos a partir de R$ 60,00.
Apesar de o dólar alcançar uma máxima histórica de R$ 6,27, fechando a R$ 6,267 (+2,82%), o comportamento técnico dos traders na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) resultou em leves baixas nos preços do milho. O contrato para janeiro/25 fechou em R$ 74,66, com alta marginal de R$ 0,01 no dia, mas queda de R$ 1,72 na semana. Já os contratos de março/25 e maio/25 encerraram em R$ 73,63 (-R$ 0,07) e R$ 72,87 (-R$ 0,02), respectivamente.
Em Chicago, os preços também recuaram, pressionados pela forte queda da soja. O contrato de março, referência para a safra de verão no Brasil, fechou em baixa de 1,35% a $437,50 por bushel. O contrato de maio registrou queda de 1,33%, encerrando a $444,00 por bushel.
A desvalorização acentuada do real frente ao dólar favorece as exportações brasileiras, mas a queda nos preços da soja contaminou o mercado de milho. Ainda assim, a demanda interna por etanol no Brasil e as exportações para a China apresentaram sinais positivos, com o país asiático aumentando as importações do cereal no comparativo mensal.
Fonte: Portal do Agronegócio
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