Publicado em: 26/05/2025 às 10:40hs
As negociações estão lentas, os preços variam entre estados e os produtores enfrentam o dilema entre vender agora ou armazenar o produto. No cenário internacional, as cotações oscilaram na B3 e em Chicago, influenciadas por fatores cambiais, climáticos e comerciais.
No Rio Grande do Sul, o receio de impactos nas exportações tem deixado os compradores cautelosos. Os preços seguem estáveis:
No interior do estado, vendedores mantêm pedidas entre R$ 65,00 e R$ 70,00, com o mês de maio praticamente coberto e pouca disposição para recuar nos preços.
Em Santa Catarina, mesmo com uma safra histórica, as negociações estão travadas. No Planalto Norte, os produtores pedem R$ 82,00 por saca, enquanto as ofertas não passam de R$ 79,00. Em Campos Novos, as pedidas variam entre R$ 83,00 e R$ 85,00, diante de ofertas CIF entre R$ 79,00 e R$ 80,00. A cotação média estadual caiu para R$ 73,00, com variações entre:
No Paraná, mesmo com disponibilidade para revendas, o ritmo do mercado permanece lento. Os preços da saca registraram quedas:
Nos Campos Gerais, o milho disponível para entrega imediata está sendo negociado a R$ 76,00 FOB, com produtores buscando até R$ 80,00 por saca.
Em Mato Grosso do Sul, o cenário também é de leve queda. Os preços por saca são:
Fora do estado, os valores são mais altos, refletindo a demanda externa: R$ 68,00 em Pagua e R$ 68,50 no porto de Santos.
A recomendação da TF Agroeconômica é clara: vender o suficiente para cobrir as contas de julho, antes que os preços recuem ainda mais. Quem não seguiu essa orientação na semana passada já acumula perdas de até R$ 9 por saca.
Apesar disso, há fatores que podem sustentar os preços nos próximos meses, como:
Por outro lado, há fatores de pressão negativa:
Na B3, as cotações do milho encerraram a sexta-feira (23) em queda, influenciadas pela valorização do real frente ao dólar, baixa na Bolsa de Chicago e incertezas causadas pela gripe aviária. A proximidade da colheita da safrinha também contribuiu para a pressão sobre os preços.
Mesmo com a queda no dia, os contratos fecharam a semana em alta:
Em Chicago, os preços também caíram na sexta-feira, puxados pela realização de lucros antes do feriado nos EUA e pela ameaça do ex-presidente Donald Trump de impor tarifas de até 50% sobre produtos da União Europeia. Isso gerou instabilidade no mercado, mesmo com os EUA ultrapassando o Brasil como o segundo maior fornecedor de milho para o bloco europeu, atrás apenas da Ucrânia.
As cotações fecharam em baixa:
Ainda assim, Chicago acumulou alta de 3,61% na semana, equivalente a US$ 16,00 por bushel, sustentada pelo bom desempenho das exportações e aumento da demanda externa.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias