Milho e Sorgo

Mercado de milho brasileiro segue retraído com produtores resistentes às vendas

Poucos negócios refletem expectativa por preços melhores e colheita avançada da safrinha 2025


Publicado em: 05/09/2025 às 19:00hs

Mercado de milho brasileiro segue retraído com produtores resistentes às vendas

O mercado doméstico de milho apresentou uma semana de negócios limitados, com resistência por parte dos produtores, que aguardam melhores cotações. Segundo a Consultoria Safras & Mercado, algumas tradings concentraram-se em embarques de outubro e novembro, mas o produtor continua cauteloso.

Preços permanecem estáveis nos principais portos

No Porto de Santos, o milho CIF ficou entre R$ 68,00 e R$ 69,00 a saca, enquanto em Paranaguá a cotação variou de R$ 67,00 a R$ 69,00. No interior, os preços apresentaram pequenas variações:

  • Paraná (Cascavel): R$ 58,00/60,50 a saca
  • São Paulo (Mogiana): R$ 56,00/60,00 a saca
  • Campinas CIF: R$ 65,00/66,00 a saca
  • Rio Grande do Sul (Erechim): R$ 68,50/71,00 a saca
  • Mato Grosso (Rondonópolis): R$ 57,50/60,00 a saca

Segundo o analista Paulo Molinari, o preço estável nos portos limita aumentos mais expressivos no interior do país.

Colheita da safrinha 2025 avança rapidamente

A safrinha 2025 de milho atingia 97% da área estimada de 15,407 milhões de hectares até sexta-feira (29), conforme levantamento da Safras & Mercado. O avanço da ceifa por estado é:

  • Paraná: 96,6%
  • São Paulo: 70,9%
  • Mato Grosso do Sul: 98,3%
  • Goiás: 97,6%
  • Mato Grosso: 100%
  • Minas Gerais: 82,3%

No Matopiba, a colheita atingiu 100% da área cultivada de 1,280 milhão de hectares, com destaque para Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.

Para comparação, no mesmo período de 2024, a colheita nacional estava em 98,7% da área cultivada, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 94,9%.

Produção de milho em Mato Grosso e Rio Grande do Sul

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta uma produção de 51,72 milhões de toneladas para a safra 2025/26, queda de 6,7% em relação ao recorde da temporada anterior. Apesar da redução, a área cultivada deve crescer 1,83%, chegando a 7,39 milhões de hectares, com destaque para expansão na região Nordeste do estado.

No Rio Grande do Sul, a perspectiva é positiva: a área cultivada deve subir 9,31%, totalizando 785 mil hectares, e a produção deve alcançar 5,78 milhões de toneladas, alta de 9,45% sobre o ciclo anterior. A produtividade permanece estável, em torno de 7.376 kg/ha.

O milho silagem no estado deve alcançar 14 milhões de toneladas, aumento de 8,29% em relação a 2024/25, beneficiado por crescimento de 5,28% na produtividade, segundo dados da Emater.

Fonte: Portal do Agronegócio

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