Milho e Sorgo

Mercado aguarda novo relatório do USDA e milho tem leves quedas no começo da terça-feira

As principais cotações registravam desvalorizações entre 1,25 e 1,50 pontos por volta das 09h05 (horário de Brasília)


Publicado em: 09/04/2019 às 10:10hs

Mercado aguarda novo relatório do USDA e milho tem leves quedas no começo da terça-feira

A terça-feira (09) começa com a Bolsa de Chicago (CBOT) operando com leves baixas para os preços internacionais do milho, mantendo a tendência do final do pregão de segunda-feira. As principais cotações registravam desvalorizações entre 1,25 e 1,50 pontos por volta das 09h05 (horário de Brasília). O vencimento maio/19 era cotado à US$ 3,58, o julho/19 valia US$ 3,67 e o setembro/19 era negociado por US$ 3,76.

Segundo informações da Agência Reuters, os preços do milho estão sob pressão da queda do trigo e as expectativas de que o USDA aumentará sua visão de oferta no relatório dessa terça-feira, que se apoia a partir da previsão da chuva e campos lamacentos, que provavelmente causarão atrasos de plantio nas principais áreas de cultivo dos EUA.

Bryce Knorr, analista da Farm Futures, aponta também que o milho pode ser a grande surpresa desse relatório do USDA, uma vez que a estimativa de estoques da agência em 1º de março era de 300 milhões de bushels ou mais acima das expectativas

Confira como fechou o mercado na última segunda-feira:

Milho fica levemente mais baixo em Chicago com mercado em “banho-maria”

A segunda-feira (08) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro apresentando leves quedas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram desvalorizações entre 1 e 2,50 pontos negativos.

O vencimento maio/19 foi cotado à US$ 3,60, o julho/19 valeu US$ 3,68 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,77.

Segundo os analistas da ARC Mercosul, o mercado iniciou a semana em “banho-maria”, após uma nova rodada de negociações entre os Estados Unidos e a China, onde nenhuma novidade e nenhum progresso foi notado. A especulação permanece cética frente a retórica política de Trump e Jinping, com o pessimismo em expansão sobre o fim da Guerra Comercial.

Ainda nessa segunda-feira o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou que os embarques de milho somaram 1.035,423 milhão de toneladas, enquanto as expectativas eram de 990 mil a 1,3 milhão de toneladas. No ano comercial, o país já tem 30.714,750 milhões de toneladas, contra o acumulado da temporada anterior, nesse período, de 26.509,043 milhões de toneladas.

O USDA também reportou há 2% da área de milho já plantada nos EUA, número que fica em linha com as expectativas do mercado - de 1% a 2% - com o mesmo período do ano passado e da média dos últimos cinco anos, que registravam o mesmo índice.

Mercado Interno

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram somente nas praças de Alto Garças/MT e Itiquira/MT (3,85% e preço de R$ 27,00).

As desvalorizações foram percebidas em Palma Sola/SC (1,61% e preço de R$ 30,50), Porto Paranaguá/PR (2,94% e preço de R$ 33,00), Jataí/GO e Rio Verde/GO (3,23% e preço de R$ 30,00).

O Cepea divulgou que as negociações envolvendo milho no mercado spot estão em ritmo lento e os preços, em queda. “Segundo colaboradores do Cepea, vendedores têm limitado as vendas na expectativa de valores maiores no período de entressafra, enquanto compradores realizam apenas pequenas aquisições para repor estoques de curto prazo”.

A XP Investimentos destacou que mais um início de semana tem poucos negócios e pressão baixista. De maneira geral, o impasse entre compradores e vendedores locais persiste, tirando a liquidez das negociações. O cenário externo baixista somado aos bons níveis de estoques internos e a boa evolução das lavouras de inverno (Sul e Centro-Oeste) favorece testes com bid’s menores por parte dos compradores paulistas.

Fonte: Notícias Agrícolas

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