Publicado em: 03/11/2025 às 10:10hs
O relatório Agro Mensal, divulgado pela consultoria Agro do Itaú BBA, aponta que a safra americana de milho atinge níveis recordes, garantindo estoques elevados e oferecendo conforto ao balanço global de oferta e demanda.
O último levantamento do USDA, publicado em setembro, revisou a produção americana de 425,3 milhões para 427,1 milhões de toneladas, com exportações estimadas em 75,6 milhões de toneladas e estoques projetados em 53,6 milhões de toneladas, 59,2% acima da safra 2024/25. Apesar de algumas áreas apresentarem produtividade abaixo do esperado, o volume disponível permanece confortável, com a colheita ganhando ritmo e os maiores volumes acessíveis a partir da segunda quinzena de outubro.
No Brasil, o clima favorável no Sul do país e o avanço do plantio da primeira safra de milho devem contribuir para pressão sobre os preços. O estoque de passagem brasileiro deve registrar forte crescimento em relação à safra 2023/24, segundo o Itaú BBA.
A comercialização do milho ainda segue abaixo da média dos últimos cinco anos, mas outubro deve registrar maior movimentação, já que o cereal representa o maior volume atualmente armazenado. Os armazéns devem ser liberados até janeiro, para receber a nova safra de soja.
A valorização do real também atua como fator limitante para a alta das cotações, reduzindo a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional. Apesar do bom ritmo de embarques em setembro, a paridade de exportação permanece abaixo do mercado interno, freando ajustes adicionais nos preços.
Mesmo com exportações projetadas em 42 milhões de toneladas, o país deve encerrar o ano com estoques de passagem confortáveis, garantindo segurança de oferta para a próxima safra.
Fonte: Portal do Agronegócio
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