Milho e Sorgo

Início de semana mais seco nos EUA contribui para quedas nas cotações do milho em Chicago

As principais cotações registravam quedas entre 2,75 e 3,00 pontos por volta das 08h56 (horário de Brasília)


Publicado em: 13/05/2019 às 10:35hs

Início de semana mais seco nos EUA contribui para quedas nas cotações do milho em Chicago

A semana começa com leves desvalorizações nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam quedas entre 2,75 e 3,00 pontos por volta das 08h56 (horário de Brasília). O vencimento maio/19 era cotado à US$ 3,42, o julho/19 valia US$ 3,48 e o setembro era negociado por US$ 3,58 nessa segunda-feira (13).

Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho estão baixos, embora julho tenha se mantido bem acima do patamar de sexta-feira após o relatório do USDA, que apesar de trazer novas estimativas de produção agrícola, é baseado em suposições antigas”, diz.

A base de milho firmou-se na semana passada com os agricultores resistindo às vendas a preços mais baixos, enquanto os exportadores se esforçaram para originar embarques de um sistema fluvial fechado por inundações. As margens de etanol se firmaram na semana passada graças aos valores mais altos do biocombustível, permitindo que algumas plantas aumentassem os lances também.

Além disso, o analista aponta também que a baixa segue um início de semana mais seco na região do cinturão do milho americano, mas que pode não durar muito. As chuvas retornarão na próxima semana, com acumulações significativas nas planícies do norte, no meio-oeste e no delta. As previsões oficiais de 6 a 10 e de 8 a 14 dias ontem e as últimas atualizações do modelo ensemble mostram hoje as áreas do leste com precipitação normal enquanto as temperaturas em geral começam a aquecer.

“Os produtores que reportaram o Feedback The Field na semana passada notaram um progresso passageiro, plantando apenas 6% a mais de seu milho e 5% a mais de soja. Se essas médias se mantiverem no relatório de progresso de safra de segunda-feira do USDA, ele mostraria apenas 29% do milho plantado em todo o país, com a soja em 11%”, afirma Knorr.

Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:

USDA aponta aumento dos estoques e milho encerra semana em baixa na Bolsa de Chicago

A semana chega ao final com leves quedas nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago. As principais cotações registraram desvalorizações entre 0,75 e 2,00 pontos negativos nesta sexta-feira (10).

O vencimento maio/19 foi cotado à US$ 3,42, o julho/19 valeu US$ 3,51 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,61.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho recuaram hoje, depois que os traders absorveram principalmente dados de oferta e demanda de baixa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da tarde.

Para os Estados Unidos, o USDA apontou, para a safra 2018/19 do milho, um aumento dos estoques finais de 51,69 para 53,22 milhões de toneladas. Além disso, o USDA ainda trouxe uma projeção menor do uso do cereal para a produção de etanol para 138,44 milhões de toneladas.

Já a produção global, por outro lado, foi revisada para cima e agora é estimada pelo USDA em 1.119,0 bilhão de toneladas, com estoques finais de 325,94 milhões de toneladas. A safra brasileira foi estimada em 100 milhões de toneladas - contemplando primeira e segunda safras - e os estoques finais do país subiram para 9,81 milhões de toneladas.

Analisando a safra 2019/20, a produção de milho dos EUA deverá subir agressivamente para 381,78 milhões de toneladas, com produtividade de 184,11 sacas por hectare. Apesar do rendimento menor do que o da safra anterior, a área deverá ser bem maior nesta temporada, 37,56 milhões de hectares e a colhida em 34,56 milhões.

“Não houve nada de positivo no relatório. De agora em diante o mercado determinará qual é o valor justo de mercado para essas enormes ofertas”, afirma o analista Don Roose, da U.S. Commodities.

Mercado Interno

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas praças que apresentaram desvalorização foram Tangará da Serra/MT (7,41% e preço de R$ 25,00) e Campo Novo do Parecis/MT (8,00% e preço de R$ 23,00).

Não foram percebidas valorizações nessa sexta-feira.

Para a XP Investimentos, essa é mais uma semana que se encerra com intensa pressão baixista nas referências do milho. O início de colheita da safra de inverno nos estados do Paraná e Mato Grosso deixou as cotações “pesadas” no mercado local.

Na última quinta-feira, a Conab realizou sua 5ª rodada de leilões dos estoques públicos de milho no Mato Grosso. Foram ofertas mais 50 mil toneladas e apenas 13,5% foi demandado, quebrando a sequência crescente de demanda que vinha se observando (5,4% na 1ª, 25,5% na 2ª, 29,6% na 3ª e 50,0% na 4ª).

Fonte: Notícias Agrícolas

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