Publicado em: 21/05/2025 às 11:30hs
Nos quatro primeiros meses de 2024, o Paraná exportou 1,18 milhão de toneladas de milho, um crescimento de 77% em relação ao mesmo período de 2023, quando o volume foi de 668,4 mil toneladas. Os dados são do Agrostat/Mapa e foram divulgados no Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 8 a 14 de maio.
A receita obtida com as exportações de milho no Paraná chegou a US$ 267,1 milhões (aproximadamente R$ 1,5 bilhão), representando um aumento de 81% em comparação aos US$ 147,9 milhões registrados no mesmo período de 2023. Esse avanço foi impulsionado tanto pelo maior volume embarcado quanto pela melhora nos preços.
Enquanto o Paraná apresentou forte crescimento, o desempenho nacional foi de queda: o Brasil exportou 6,07 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre de 2024, retração de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior (7,07 milhões). Com isso, o Paraná avançou no ranking nacional de exportações de milho, passando da terceira para a segunda posição, atrás apenas de Mato Grosso.
O Irã foi o maior comprador do milho do Paraná, responsável por 52% do volume exportado. Egito (12,8%) e Turquia (11,3%) também aparecem como importantes destinos.
No primeiro trimestre de 2025, o Brasil abateu 1,63 bilhão de frangos, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024, conforme dados do IBGE. O Paraná manteve a liderança nacional, respondendo por 34,2% dos abates e 34,9% da carne de frango produzida. O estado registrou alta de 2,5% no número de abates e 3,1% na produção em comparação a 2023.
Com base nos dados do Agrostat/Mapa, o Paraná alcançou um novo recorde mensal na exportação de carne suína: 21,2 mil toneladas, o que representa alta de 25,5% sobre abril de 2024 e 9,3% em relação a março. As perspectivas para o segundo semestre são positivas, considerando o histórico de aumento no volume exportado nesse período.
Segundo o IBGE, o Paraná produziu 459,1 milhões de dúzias de ovos no primeiro trimestre de 2025, o que equivale a 9,8% do total nacional. Esse volume representa um crescimento de 5,5% em comparação aos três primeiros meses de 2024, garantindo ao estado o segundo lugar no ranking nacional de produção.
Já nas exportações, o Paraná ficou em quarto lugar, com 2.454 toneladas exportadas e receita de US$ 11,7 milhões. Apesar da colocação, houve queda de 32,5% em volume e de 20,4% na receita em relação ao mesmo período do ano passado.
A área destinada ao cultivo de cana-de-açúcar no Paraná deverá atingir 507 mil hectares em 2025, alta de 1% frente aos 501 mil hectares de 2024. A expectativa é de uma safra maior neste ano, com projeção de 36,7 milhões de toneladas. A colheita começou em março e cerca de 8% já foi realizada.
O Deral acompanha há três anos a produção de pitaia no estado. Em 2023, o Paraná produziu 3,2 mil toneladas da fruta em uma área de 273 hectares, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 27,5 milhões. A atividade está presente em 126 municípios paranaenses.
Entre os dias 21 e 23 de maio, Maringá sediará o IV Simpósio Brasileiro e o II Encontro Paranaense das Pitaias, reunindo produtores, associações, cooperativas, pesquisadores e empresas envolvidas com a cultura da fruta.
O Paraná ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção de tangerina. Em 2023, foram colhidas 94,5 mil toneladas em uma área de 7,1 mil hectares. Apesar da retração de 11,3% na área cultivada e de 22% no volume entre 2014 e 2023, a atual safra apresenta boas expectativas.
As condições climáticas favoreceram a antecipação da colheita e melhoraram a qualidade dos frutos, com maior inversão de ácidos em açúcares. A 57ª Festa Nacional da Ponkan, marcada para 6 a 8 de junho, em Cerro Azul (Região Metropolitana de Curitiba), reforça a importância da cultura para a região conhecida como Capital Nacional do Cítrico.
Fonte: Portal do Agronegócio
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