Publicado em: 24/11/2025 às 20:00hs
O Paraná registrou um expressivo aumento nas exportações de milho entre janeiro e outubro de 2025. De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o estado embarcou 3,55 milhões de toneladas do grão no período — um crescimento de 179% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
A receita total alcançou US$ 757,7 milhões, o equivalente a R$ 4,16 bilhões. O preço médio da tonelada subiu levemente, passando de US$ 210,58 para US$ 213,43, uma alta de 1,35%.
Segundo o Deral, o avanço nas exportações está diretamente ligado à safra recorde colhida no ciclo anterior e à estratégia dos produtores de priorizar o milho nos embarques. O cereal, que tradicionalmente tem menor atratividade comercial em comparação com a soja, ganhou espaço neste ano como alternativa para liberar estoques e gerar receita mais rápida.
A análise também aponta que a demanda internacional aquecida e a logística favorável contribuíram para o forte ritmo de escoamento do milho paranaense.
Enquanto o milho avança, o complexo soja — que inclui grão, farelo e óleo — apresentou queda de 10% nas exportações no mesmo período. Foram embarcadas 13,56 milhões de toneladas, gerando US$ 5,53 bilhões (cerca de R$ 30,4 bilhões).
Apesar da retração no total, os derivados da soja mostraram desempenho positivo: as vendas de óleo de soja cresceram 18%, e as de farelo aumentaram 2%. Já a soja em grão recuou 15%, reflexo da priorização do milho e do momento de ajuste logístico no setor.
Somando as exportações de soja e milho, o Paraná contabilizou 17,1 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e outubro, uma alta de 4,1% sobre o mesmo período do ano anterior.
Os analistas do Deral observam que, mesmo com a queda nos embarques de soja, o desempenho do milho garantiu crescimento nas exportações totais de grãos. A expectativa é de que, nos próximos meses, haja aceleração nas vendas externas de soja, com o início da colheita da nova safra em janeiro, o que deve contribuir para a liberação dos armazéns e manutenção do ritmo de exportações.
Fonte: Portal do Agronegócio
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