Publicado em: 07/07/2025 às 19:20hs
As exportações brasileiras de milho começaram julho de 2025 em ritmo significativamente mais lento do que no mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou apenas 120.723,1 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) nos quatro primeiros dias úteis do mês — volume que representa apenas 3,39% do total exportado em todo o mês de julho de 2024, quando o Brasil enviou ao exterior 3.553.865,8 toneladas.
A média diária de exportações de milho ficou em 30.180,8 toneladas neste início de julho, o que corresponde a uma retração de 80,5% em relação às 155.159 toneladas/dia úteis registradas no mesmo período do ano passado.
Segundo Roberto Carlos Rafael, analista da Germinar Corretora, o desempenho fraco nas exportações reflete o atraso no início da colheita da segunda safra brasileira. Muitos contratos já firmados não foram embarcados por falta de produto disponível. A lentidão da colheita tem segurado os volumes exportados.
Apesar do início moroso, a projeção de Rafael é que os embarques ganhem força ao longo de julho. A expectativa é que o país possa encerrar o mês com exportações entre 7 e 8 milhões de toneladas, à medida que a colheita avança e os grãos ficam disponíveis.
No acumulado dos primeiros dias úteis de julho, o Brasil arrecadou US$ 28,164 milhões com as exportações de milho — valor ainda distante dos US$ 700,644 milhões registrados em todo o mês de julho de 2024. A média diária de faturamento caiu 76,9%, passando de US$ 30,4 milhões para US$ 7,04 milhões.
Apesar da queda nos volumes exportados e no faturamento total, o preço médio da tonelada de milho exportado subiu 18,3% em relação ao ano passado. O valor passou de US$ 197,20 em julho de 2024 para US$ 233,30 na média registrada até agora em julho de 2025.
A lentidão na colheita da segunda safra tem limitado o desempenho das exportações brasileiras de milho neste início de julho. Entretanto, com a normalização dos trabalhos no campo, a expectativa do setor é de recuperação no ritmo dos embarques nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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