Publicado em: 06/10/2025 às 11:20hs
As exportações brasileiras de milho registraram avanço em setembro. Nos primeiros 20 dias úteis do mês, os embarques somaram 6,6 milhões de toneladas, superando em 3% o volume registrado no mesmo período de 2024, segundo dados da Secex. Na safra 2024/25, que vai de fevereiro/25 até a parcial de setembro, o total exportado alcançou 18,8 milhões de toneladas, queda de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Pesquisadores do Cepea apontam que o aumento no ritmo de embarques se deve a negócios realizados antecipadamente, já que a liquidez nos portos está mais lenta. O movimento reflete o fato de que os preços em Paranaguá (PR) e Santos (SP) estão próximos dos praticados no mercado interno, reduzindo o interesse de vendedores em novas operações de exportação.
Para as próximas semanas, a perspectiva é de desaceleração nos embarques, pressionada pela entrada da safra recorde dos Estados Unidos, que intensifica a concorrência internacional.
O mercado de milho no Brasil segue com baixa liquidez e negociações pontuais, principalmente no Sul do país:
Segundo a TF Agroeconômica, a disparidade entre preços oferecidos e demandas mantém o mercado spot praticamente parado, e muitos produtores adiam vendas para revisar estratégias para o ciclo 2025/26.
O mercado internacional de milho também impacta o Brasil. Embora haja expectativa de recuperação lenta no segundo semestre, os baixos preços externos limitam ganhos para os produtores nacionais. Entre os fatores que sustentam o mercado estão:
Por outro lado, a colheita acelerada e abundante nos EUA, combinada com condições climáticas favoráveis, projeta uma safra recorde de cerca de 420 milhões de toneladas, acima das estimativas anteriores, pressionando preços internacionais.
No Brasil, os embarcques acumulados do ano estão 12% menores em volume e 10% em receita, segundo o Ministério da Economia. Apesar da recuperação em setembro, os preços nacionais permanecem cerca de US$ 10/t acima dos valores americanos nos principais destinos, devido à queda acentuada na CBOT.
No mercado futuro da B3, os contratos de milho registraram movimentos distintos nesta semana:
No mercado físico, o indicador Cepea apontou alta de 0,31% no dia e 0,67% na semana, impulsionada pela demanda das fábricas de etanol. No entanto, muitos produtores continuam retendo lotes à espera de preços mais atrativos.
Em Chicago, o milho encerrou a semana em baixa: o contrato de dezembro caiu 0,65%, a US$ 419,00/bushel, enquanto o de março recuou 0,51%, a US$ 435,75/bushel. A paralisação parcial do governo dos EUA reduziu a transparência dos relatórios do USDA, reforçando a cautela entre investidores.
O mercado de milho brasileiro atravessa um período de recuperação lenta, com exportações em alta recente, mas baixa liquidez interna e forte competição externa limitando ganhos. Produtores mantêm postura cautelosa, enquanto a colheita recorde nos EUA pressiona preços e influencia as estratégias de venda no Brasil.
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Fonte: Portal do Agronegócio
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