A exportação de milho brasileiro está enfrentando uma desaceleração significativa neste mês de agosto. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira (19), o volume total embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até agora em agosto foi de 3.224.021,7 toneladas, representando apenas 34,43% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que alcançou 9.363.475,8 toneladas.

A média diária de embarques nos primeiros 12 dias de agosto de 2024 foi de 268.668,5 toneladas, uma redução de 34% em comparação à média diária registrada em agosto de 2023, que foi de 407.107,6 toneladas.

Ruan Sene, Analista de Mercado da Grão Direto, destaca que as projeções para as exportações brasileiras de milho nesta temporada apresentam uma grande disparidade. Enquanto a Conab estima um total de 36 milhões de toneladas, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta 49 milhões. "Até o momento, exportamos cerca de 11,9 milhões de toneladas, ou seja, ainda temos um longo caminho a percorrer. Na Grão Direto, estimamos um volume intermediário, entre 42 e 45 milhões de toneladas, com uma média mensal de 6,6 milhões nos próximos cinco meses, incluindo este mês de agosto, que já está apresentando um número bastante baixo de exportação", afirma Sene.

No que diz respeito ao faturamento, o Brasil arrecadou até agora um total de US$ 632,342 milhões em agosto, uma queda acentuada em comparação aos US$ 2,236 bilhões registrados em agosto de 2023. A média diária de receita também sofreu uma redução de 45,8%, situando-se em US$ 52,695 milhões por dia útil, frente aos US$ 97,250 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.

O preço médio pago pela tonelada de milho brasileiro também apresentou um recuo de 17,9%, caindo de US$ 238,90 em agosto de 2023 para US$ 196,10 na terceira semana de agosto de 2024.