Publicado em: 06/01/2025 às 14:30hs
Helio Yamamoto, filho e neto de produtores rurais, sempre esteve imerso no universo do agronegócio. Nascido e criado nas fazendas da família, ele se formou em engenharia agronômica e hoje é responsável por uma das propriedades do Grupo Yamamoto, que, em conjunto com as demais unidades, abrange 2.350 hectares de terras agricultáveis. A sua propriedade, localizada no município de Paracatu (MG), ocupa 1.500 hectares, dos quais 380 são irrigados por seis pivôs. Foi na Fazenda Yamamoto que ele obteve a impressionante produtividade de 234,8 sacas de milho por hectare, um feito que garantiu o título de campeão na 7ª edição do Fórum Getap, na categoria milho irrigado.
O concurso, que audita a produtividade de milho no inverno, contou com a participação de 119 agricultores de dez estados brasileiros. “Esta foi a nossa primeira participação na categoria irrigado e ficamos muito felizes com o resultado. A premiação é um reflexo de um trabalho bem planejado e da eficiência de toda a nossa equipe”, afirmou Yamamoto. Para alcançar tal nível de produtividade, ele destaca que uma série de decisões estratégicas e ajustes constantes no manejo foram cruciais. "Adaptamos nossas práticas conforme as condições climáticas, seja de seca ou chuva, além da pressão de pragas. Em 2024, por exemplo, a cigarrinha, uma praga muito presente na região, exigiu um controle rigoroso com defensivos", explicou.
A fazenda de Yamamoto tem se dedicado ao preparo e manejo do solo, com foco em correção e adubação. O uso do híbrido As 1868 Pro 4 (Bayer), com alta tolerância à cigarrinha, foi um dos diferenciais deste ciclo. "Plantamos o milho mais tarde, em meados de março, o que ajudou a reduzir a pressão das pragas e doenças", explicou o produtor. Em média, a produtividade das áreas irrigadas e de sequeiro de Yamamoto atingiu 140 sacas por hectare, superando a média nacional de 96 sacas por hectare, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Além da gestão cuidadosa das lavouras, Yamamoto se dedica a acompanhar as inovações tecnológicas no setor, como novos equipamentos, híbridos e defensivos. "Aplicar a tecnologia de forma correta, no momento certo, é essencial para o sucesso. Também buscamos integrar pacotes tecnológicos como maquinários, aplicativos para controle de plantio e quantificação de sementes, que nos ajudam a otimizar os resultados", afirmou. Ele também utiliza mapas de produtividade e análise de solo para buscar soluções e melhorar a eficiência do cultivo.
Além do milho e da soja, que dominam a safra principal, Yamamoto tem apostado na diversificação de cultivos. Aproveitando a boa altitude da fazenda, com 970 metros de altura, ele cultiva sementes e também tem investido na produção de feijão. Recentemente, também iniciou testes com o cultivo de arroz, como parte de sua estratégia de diversificação diante da instabilidade nos preços da soja. "Experimentar novas culturas é fundamental para garantir a viabilidade da propriedade e reduzir a dependência de um único mercado", concluiu Yamamoto.
Fonte: Portal do Agronegócio
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