O Mercosul tem ganhado cada vez mais relevância no mercado internacional de milho, com uma previsão de participação de 46% nas exportações globais do cereal para o ciclo 2024/25, conforme dados do Informativo Mensal Céleres®. Nos últimos dez anos, o bloco viu sua fatia de mercado crescer 15 pontos percentuais, com uma projeção de exportação de 88,4 milhões de toneladas, um recorde histórico.

Embora os Estados Unidos e a China, que respondem por mais de 50% da produção mundial, ainda dominem o mercado global, o Mercosul aumentou sua participação de 13% para 17% em apenas quatro anos. Esse crescimento coloca a região em uma posição estratégica na formação de preços internacionais do milho.

No Brasil, a área plantada de milho na safra de verão deverá registrar uma redução de 2,5%, totalizando 4,2 milhões de hectares e uma produção estimada em 27,1 milhões de toneladas, devido ao maior retorno financeiro da soja. Por outro lado, a safra de inverno segue uma tendência oposta, com um aumento da área plantada para 17,6 milhões de hectares, o que deve resultar em uma produção de 104,9 milhões de toneladas.

Na Argentina, a alta incidência de cigarrinha tem levado os produtores a redirecionar parte da área destinada ao milho para o cultivo de soja e trigo, o que representa uma redução de 10% na área plantada, somando 7,1 milhões de hectares e uma estimativa de produção de 47,9 milhões de toneladas. Já o Paraguai projeta expansão no cultivo de milho, com a adição de 150 mil hectares, o que deverá resultar em uma produção de 2 milhões de toneladas a mais.