Publicado em: 06/11/2025 às 11:50hs
O mercado brasileiro de milho fechou outubro com a saca negociada a média de R$ 67,27, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). O aumento reflete a combinação de demanda interna firme, bom desempenho das exportações e menor pressão de venda por parte dos produtores, que priorizaram as atividades de campo e reduziram a liquidez no mercado físico.
Apesar da alta recente, o preço médio da saca ainda permanece 3,79% abaixo do registrado em outubro de 2024, e só em maio de 2025 a média mensal foi superior à atual.
Entre janeiro e setembro de 2025, os embarques brasileiros de milho para Irã e Egito somaram 9,10 milhões de toneladas, equivalentes a 39,04% do total exportado no período. Esses mercados se consolidam como estratégicos para o escoamento da produção nacional, garantindo sustentação aos preços internos.
No mercado internacional, os contratos do milho na Bolsa de Chicago (CME-Group) encerraram a última semana de outubro em alta de 1,71%, cotados a US$ 4,31 por bushel, motivados pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
No mercado físico brasileiro, o indicador Cepea Campinas fechou outubro em R$ 65,99/sc, registrando alta semanal de 0,64%. O diferencial de base entre Mato Grosso e a CME avançou 7,30%, segundo o IMEA, refletindo maior competitividade da produção nacional frente ao mercado internacional.
Para os próximos meses, a expectativa é de estabilidade nos preços, influenciada principalmente pela primeira safra 2025/26 e pelo comportamento cambial. O relatório aponta que a cotação seguirá sendo balizada pela dinâmica entre oferta e demanda e pelos fluxos comerciais internacionais.
Mesmo com a recuperação recente, o IMEA destaca que os preços ainda precisam reagir de forma mais significativa para oferecer margens confortáveis aos produtores, especialmente diante dos altos custos operacionais. A sustentabilidade econômica da produção dependerá da continuidade da valorização do grão e da manutenção de mercados estratégicos para exportação.
Fonte: Portal do Agronegócio
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