Publicado em: 21/08/2025 às 12:00hs
O Arco Amazônico, que abrange terminais portuários ao longo do rio Amazonas e seus afluentes, incluindo áreas abaixo da Baía de Marajó, tem se consolidado como rota estratégica para a logística nacional. Em 2024, a movimentação total de cargas na região chegou a 87,8 milhões de toneladas, considerando operações de longo curso e cabotagem, um aumento de 4,8% em relação ao ano anterior.
Desse total, cerca de 64% foram movimentados por Terminais de Uso Privado (TUPs), evidenciando a participação crescente da iniciativa privada no escoamento de mercadorias na Região Norte.
Segundo levantamento da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), que reúne 70 terminais privados, os destaques em 2024 foram:
Além disso, a região registrou 9,9 milhões de toneladas de carga conteinerizada e movimentou produtos químicos inorgânicos (5,7 milhões de toneladas), petróleo e derivados sem óleo bruto, adubos, fertilizantes e soda cáustica.
O estudo da ATP mostra que, nos últimos dez anos, o transporte de soja e milho no Arco Amazônico aumentou 288,1%, um crescimento muito superior ao registrado em portos tradicionais. Para comparação:
Em 2024, a região movimentou 30,9 milhões de toneladas de soja e milho, representando 22,8% do total nacional, estimado em 135,3 milhões de toneladas. Em números absolutos, Santos concentrou 43,9 milhões de toneladas (32,4%) e Paranaguá 14,3 milhões de toneladas (10,6%).
A ATP ressalta que, embora os volumes somados dos portos tradicionais ainda superem os do Arco Amazônico, o crescimento proporcional evidencia uma mudança na geografia da exportação de grãos no Brasil.
A região enfrenta dificuldades decorrentes de estiagem prolongada, que reduziu os níveis dos rios, e atrasos nas dragagens de manutenção, afetando a capacidade de carregamento das embarcações. Nos primeiros cinco meses de 2025, a movimentação de soja e milho caiu 8,7%, com um volume de 13,3 milhões de toneladas, comparado ao mesmo período de 2024.
Para superar essas restrições, a ATP intensifica esforços para fortalecer a navegação na Região Norte. Entre as iniciativas estão:
Fonte: Portal do Agronegócio
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