Publicado em: 21/08/2025 às 09:30hs
O Brasil projeta uma colheita histórica de milho em 2025, estimada em 128,3 milhões de toneladas, reforçando a posição do país como um dos maiores produtores globais do grão. A segunda safra, atualmente em andamento, deve alcançar 101 milhões de toneladas, representando alta de 12,2% em relação ao ciclo anterior, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O bom desempenho é impulsionado por condições climáticas favoráveis e práticas agrícolas eficientes, garantindo expectativa positiva para produtores em diversas regiões do país.
Apesar do cenário otimista, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) alerta para a volta da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) como uma das principais ameaças às lavouras. Segundo a entidade, a praga tem apresentado resistência a algumas tecnologias e ataques estão ocorrendo de forma antecipada, exigindo atenção desde as fases iniciais do plantio.
“O inseto preocupa os produtores porque ataca precocemente e pode causar danos severos em folhas, espigas e no colo das plantas, comprometendo o desenvolvimento e a produtividade da lavoura”, explica Fábio Kagi, gerente de Assuntos Regulatórios do Sindiveg.
A infestação da lagarta-do-cartucho pode levar a perdas de até 60% na produção, especialmente em condições de:
Para reduzir os riscos, Kagi recomenda o Manejo Integrado de Pragas (MIP), combinando estratégias culturais, biológicas e químicas. Entre as práticas mais eficazes estão:
Segundo ele, o controle bem-sucedido da lagarta-do-cartucho depende de um manejo contínuo e responsável, iniciado antes da semeadura e mantido durante todo o ciclo da cultura. “A diversificação de ferramentas e o planejamento das intervenções são essenciais para manter a praga sob controle”, conclui Kagi.
Fonte: Portal do Agronegócio
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