Publicado em: 21/07/2025 às 10:00hs
As regiões atendidas pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial estão avançando rapidamente na colheita do milho de inverno, graças ao clima seco registrado nos últimos dias. A expectativa é que os trabalhos de campo sejam praticamente concluídos até o início de agosto.
Segundo Wagner Carvalho, gerente da unidade de Nova Andradina (MS), os produtores estão otimistas com os resultados desta temporada. “Estamos diante de uma das melhores safras dos últimos anos”, afirmou, destacando que a produtividade tem correspondido às expectativas.
Na região de Cambé (PR), a maior parte das lavouras foi semeada entre a segunda quinzena de janeiro e o início de fevereiro. De acordo com o engenheiro agrônomo Osmar Buratto, do Grupo Mais — consultoria parceira da cooperativa —, essas áreas apresentam médias de produtividade entre 110 e 115 sacas por hectare.
Entretanto, lavouras implantadas mais tardiamente ainda estavam na fase de enchimento de grãos quando as geadas atingiram a região. Isso pode levar a uma redução nas médias gerais de produtividade nas próximas semanas.
Em Londrina, o impacto do frio foi mais acentuado. Segundo o gerente da unidade local da Cocamar, Ricardo Mendes, a produtividade pode ter uma queda de até 20%. As perdas variam conforme a região do município e o estágio de desenvolvimento das lavouras no momento das geadas.
Áreas tradicionais de cultivo como Três Bocas, Guaravera, Paiquerê e o distrito de Maravilha registraram danos maiores. Estimativas apontam perdas que variam entre 20% e 40%, especialmente onde o milho foi plantado fora da janela ideal ou em baixadas mais suscetíveis ao frio intenso.
Na região de Floresta, próximo a Maringá (PR), o gerente da unidade local, Claudinei Donizete Marcondes, informou que a produtividade está bastante variável. As médias giram em torno de 100 sacas por hectare.
As lavouras mais afetadas foram aquelas plantadas no início da semeadura, prejudicadas pela estiagem. Já os plantios mais tardios também registraram produtividades menores por estarem fora da janela ideal.
Segundo o gerente executivo técnico da Cocamar, engenheiro agrônomo Renato Watanabe, a área cultivada com milho nas regiões atendidas pela cooperativa — que incluem Maringá, Londrina, oeste paulista e sul do Mato Grosso do Sul — totaliza cerca de 700 mil hectares.
“De modo geral, a produtividade está sendo boa. Havia um receio de perdas maiores, mas isso não se concretizou”, explicou.
Watanabe destaca que ainda é cedo para mensurar com precisão o impacto das geadas, mas as avaliações iniciais apontam que cerca de 10% do potencial produtivo pode ter sido comprometido.
Nas regiões onde a colheita está mais adiantada, os danos foram menores. Já em áreas com lavouras em estágio mais sensível no momento do frio, os prejuízos são mais evidentes. A cooperativa segue monitorando a situação para avaliar os impactos finais da safra.
Fonte: Portal do Agronegócio
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