Publicado em: 22/08/2024 às 11:05hs
A Aprosoja MS divulgou seu mais recente Boletim Semanal da Casa Rural, trazendo atualizações significativas sobre o estado das lavouras de milho no Mato Grosso do Sul. Segundo o levantamento, a colheita da segunda safra de milho avançou para 91% do total semeado, superando os 85,3% registrados na semana anterior. Este progresso representa um aumento de 48,98 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2023.
No que diz respeito às condições das lavouras ainda em campo, o relatório aponta que 37,7% das áreas são classificadas como boas, 25,6% como regulares e 36,8% como ruins. Esses índices mostram uma leve deterioração em relação à semana anterior, quando 38,1% das lavouras eram consideradas boas, 26,4% regulares e 35,6% ruins.
As regiões Sul-Fronteira, Sudoeste e Sudeste destacam-se negativamente, com 59%, 51,9% e 46,1% das lavouras, respectivamente, classificadas como ruins. Em contraste, as regiões Nordeste, Norte e Oeste apresentam condições mais favoráveis, com 86%, 74% e 57% das áreas, respectivamente, classificadas como boas.
O relatório também destaca o impacto das condições climáticas adversas. "Recentemente, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar foram predominantes. No último domingo, 18 de agosto, Pedro Gomes/MS registrou a temperatura mais alta do ano, com 41,2°C, enquanto Chapadão do Sul teve uma umidade relativa do ar de apenas 9%", observa o documento.
Após uma amostragem de 10% da área estimada (221.800 hectares), a produção inicialmente prevista de 11,485 milhões de toneladas foi revisada para 9,285 milhões de toneladas, representando uma redução de 19,1% e 34,7% a menos do que a safra anterior. A produtividade esperada é de 69,77 sacas por hectare, uma queda de 30,7%.
O relatório atribui a principal causa da redução do potencial produtivo ao estresse hídrico, que afetou 815 mil hectares no estado. Entre março e abril, ocorreram períodos de seca de 10 a 30 dias, e entre abril e julho, Mato Grosso do Sul enfrentou 90 dias consecutivos sem chuva. Notavelmente, a região norte do estado já está há mais de 100 dias sem precipitações significativas. Alguns produtores, diante da inviabilidade econômica da colheita, optaram por deixar a vegetação como cobertura do solo.
Por fim, a Aprosoja MS ressalta que os dados apresentados são preliminares e que a amostragem das áreas continuará até o dia 13 de setembro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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