Publicado em: 05/12/2025 às 16:30hs
O mercado brasileiro de milho encerrou a semana com cotações sustentadas, refletindo a preocupação dos produtores com o clima seco em importantes regiões agrícolas, como o Rio Grande do Sul. Segundo levantamento da Safras Consultoria, a ausência de chuvas levou os produtores a reduzirem as ofertas de venda, o que ajudou a segurar os preços no mercado interno.
Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros do cereal mostraram reação positiva ao longo da semana, acompanhando o movimento de cautela entre compradores e vendedores.
Com a proximidade das férias coletivas e da redução do ritmo industrial no fim do ano, alguns consumidores intensificaram as compras para reposição de estoques. Esse movimento elevou a procura por lotes de milho disponíveis, mantendo o mercado ativo até meados de dezembro.
Contudo, analistas esperam que o volume de negociações diminua nas próximas semanas, acompanhando a desaceleração sazonal do setor industrial.
Nos portos brasileiros, as negociações seguem estáveis, influenciadas pela desvalorização do dólar frente ao real, o que reduz a competitividade das exportações e limita o fechamento de novos contratos.
No cenário internacional, o mercado segue atento aos relatórios de vendas de milho dos Estados Unidos, que estão atrasados devido à paralisação parcial do governo americano. Além disso, cresce a expectativa para o relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado em 9 de dezembro e pode trazer novas projeções de produção e consumo global.
O preço médio nacional da saca de milho foi cotado a R$ 66,84 no dia 4 de dezembro, representando alta de 1,42% em relação aos R$ 65,91 registrados na semana anterior, conforme dados da Safras Consultoria.
Confira as cotações regionais:
As exportações de milho do Brasil somaram US$ 1,105 bilhão em novembro, com média diária de US$ 58,16 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume embarcado foi de 5,03 milhões de toneladas, a uma média de 264,88 mil toneladas diárias, e o preço médio da tonelada ficou em US$ 219,60.
Na comparação com novembro de 2024, houve aumento de 12,6% na receita média diária, avanço de 6,5% na quantidade exportada e valorização de 5,7% no preço médio, evidenciando o bom desempenho do cereal no mercado externo, mesmo diante de um câmbio menos favorável.
Fonte: Portal do Agronegócio
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